Consultório da Dra. Nália

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Atendimento Dentário em Hospital

A saúde bucal é de suma importância para todos. Um belo sorriso reflete bem estar, alegria e saúde. Visitas frequentes ao dentista e um bom cuidado com higienização bucal garantem uma condição saudável. Entretanto, há pacientes que não permitem escovação adequada nem tratamento odontológico no consultório.

São diversos problemas, principalmente de ordem neurológica, que alguns pacientes apresentam e que os torna incapazes de permitir um atendimento convencional. Como por exemplo, as paralisias cerebrais mais graves.

Pacientes que não tem controle sobre seus movimentos, que apresentam movimentos involuntários, que não tem coordenação motora ou que não tem movimentos de braços e cabeça adequados, não conseguem fazer a própria escovação dentária. Eles precisam da ajuda e supervisão de pais, parentes ou responsáveis para executar a higienização bucal. Esses pacientes também, normalmente, impedem uma atuação do dentista. Muitas vezes nem mesmo eles abrem a boca para permitir um exame clínico.

Isso se deve, na maioria dos casos, à incapacidade de discernimento desses pacientes. A lesão cerebral afeta a compreensão, e a pessoa finda por não entender realmente o que se passa numa consulta. O que resulta em impossibilidade de atendimento.

Nesses casos, o atendimento deve ocorrer em nível hospitalar. É possível fazermos um bom atendimento, com tratamentos apropriados para esses pacientes e com segurança para todos. E é importante ressaltar a segurança que o tratamento hospitalar oferece. Pois, muitos pensam que ir ao centro cirúrgico de hospital é o último recurso.

Há casos que o tratamento na cadeira do dentista torna-se perigoso e traumatizante para esses pacientes. Uma vez que, durante um exame ou tratamento dentário, utilizam-se muitos instrumentos cortantes e perfurantes. Se o paciente fizer um movimento brusco, há risco de cortes em língua, bochecha, garganta. O que seria um problema. Além do que, para um paciente que permite o tratamento, o barulho do motorzinho e o uso de instrumentos já é estressante; para um paciente que não entende, então, seria terrível.

Assim, há necessidade de um tratamento diferenciado. Um tratamento que possa ser executado com segurança para o paciente, familiares e para os profissionais. E o recurso de centro cirúrgico hospitalar pode ser utilizado.

Antes de um atendimento hospitalar, existem alguns protocolos que devem ser seguidos. É preciso todo um cuidado prévio em relação à realização de exames, liberações médicas e avaliação do estado geral de saúde do paciente. E no ambiente hospitalar, também, há muitas regras a serem seguidas. Somente profissionais capacitados estão aptos a trabalhar dessa forma e podem oferecer tais serviços, pois o funcionamento é diferente do que se faz num consultório dentário.

Desta forma, há condições de tratamento odontológico para pacientes que necessitam de cuidados especiais, que não permitem atendimento na cadeira do dentista. Pois são pacientes que tem direito à saúde bucal e que podem sorrir pra vida de uma forma saudável.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Medo de dentista?

A odontologia é a profissão que mais carrega consigo o estigma da dor. Muitas pessoas morrem de medo de ir ao dentista. É comum em roda de amigos alguém contar um caso de sofrimento relacionado ao tratamento dentário. A figura do dentista é aterrorizante para muitos, sendo aquele que “faz doer”.

A principal causa dessa imagem está na história da odontologia. Antes de se descobrir a anestesia, todos os procedimentos eram feitos a sangue frio. Era comum pacientes desmaiarem durante ou após uma extração dentária. Além disso, várias pessoas tinham que segurar o paciente para que o procedimento pudesse ser executado. Bebidas alcoólicas eram ingeridas pelos pacientes previamente, na tentativa de deixá-lo um pouco menos consciente.

Essa cena é tão presente em nossas memórias, que imagens e pinturas dos nossos antepassados retratam o terror de uma extração de dente. A figura do dentista, que na época não era um profissional e sim um prático, é de um homem com o “boticão” na mão fazendo o paciente sofrer.

Sendo assim, muitas pessoas deixam de cuidar de seus dentes porque tem medo de ir ao dentista. Dentes extensamente cariados, mau hálito, sangramento gengival e um sorriso desagradável acompanham aqueles que temem o tratamento odontológico. E o problema é que não só a saúde bucal está comprometida nesses casos. Como a boca faz parte do organismo e participa de muitas funções do corpo, sérios problemas cardíacos e digestivos podem ser resultado desses descasos.

A associação entre tratamento odontológico e dor não corresponde, usualmente, à realidade. Pessoas que se “agarram” nesse pavor do dentista, findam sofrendo mais do que se estivessem fazendo consultas regulares e prevenção a doenças de boca. Uma vez que a cárie não cessa, cada vez mais a situação vai ficando pior, e a dor de dente vai aumentando.

Hoje, a odontologia dispõe de vários recursos para minimizar o sofrimento do paciente. Anestésicos potentes, técnicas avançadas, equipamentos modernos, bons medicamentos e parcerias com anestesistas garantem ausência ou o mínimo possível de dor. E a própria formação profissional do dentista, aliado a conhecimentos científicos e anos de muito estudo e dedicação fizeram a revolução nesse cenário.

Nesse sentido, é importante o conhecimento dos pais para que seus filhos não perpetuem o medo do dentista. Jamais devemos amedrontar uma criança com ameaças de levá-la ao dentista, ou dizer que o dentista vai aplicar injeção se elas fizerem isso ou aquilo. São esses “fantasmas” criados ao longo da infância que bloqueiam um relacionamento adequado da criança com o dentista. E por consequência, a criança também estará traumatizada, correndo risco de apresentar sérios problemas bucais.

Portanto, devemos ter em mente que a saúde bucal é importante e necessária para que tenhamos a saúde geral do organismo. E somente teremos saúde se percebermos que a odontologia está em outra era, e não aquela retratada com pavor e medo. Temos que deixar o medo de lado e consultar um dentista de confiança. Com certeza, um bom profissional saberá conduzir um tratamento adequado para pacientes traumatizados. E não esqueçamos da saúde de nossos filhos. Eles precisam da nossa segurança para permitirem tratamento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mau Hálito: um problema bucal

Diferentemente do que se pensa, a maioria dos casos de mau hálito não tem sua causa em problemas de estômago. O principal fator que desencadeia o mau hálito é a falta de higiene bucal e, em especial, da língua.

É extremamente desagradável conversar com alguém que tenha mau hálito. E o pior é que, normalmente, a pessoa portadora do mau hálito não percebe. O que acontece é que os amigos e parentes começam a se distanciar dessa pessoa, isolando-a. E a pessoa não sabe o motivo desse afastamento. Em casos mais graves, o portador do mau hálito poderá ficar com sua auto-estima em baixa, tendendo a entrar em estado depressivo. Importante nesses casos é ter algum amigo ou parente próximo que tome a iniciativa de chegar com a pessoa e explicar a situação. Assim, a pessoa poderá procurar ajuda.

E essa ajuda, na maior parte das vezes só poderá vir do dentista. Todas as doenças bucais podem se manifestar através do mau hálito. Nesses casos, o problema é causado por bactérias presentes na boca. Alguns germes digerem restos de alimentos e produzem gases contendo enxofre. Esses gases tem um péssimo odor, saindo da boca quando a pessoa fala ou respira.

Para a maioria das pessoas que tem mau hálito, a causa está na língua. Durante a higienização bucal, devemos passar fio dental entre os dentes e escovar dentes e língua. Há outros aparelhos que podem ser usados na limpeza adequada da língua, mas a própria escova de dentes pode servir.

A higienização da língua é uma informação que deveria ser melhor divulgada. Se não for limpa regularmente, cria-se sobre a língua uma crosta feita de restos de alimento, bactérias, fungos e vírus. Esses germes metabolizam os restos de alimentos e causam doenças gengivais e dentárias, além de causar mau hálito. Assim, não adianta limpar muito bem os dentes, removendo os germes da superfície dentária, sem limpar a língua.

Pessoas com cáries também podem desenvolver mau hálito. Um dente cariado é abrigo de matéria apodrecida. Restos de alimentos, restos dentários e germes formam a cárie, há produção de gás à base de enxofre e forma-se o odor bucal desagradável.

Doenças gengivais contribuem como grandes causadoras do mau hálito. Bactérias diversas presentes em gengivas inflamadas e sangrantes produzem o gás fétido, contaminando o hálito.

Em poucos casos há presença de doenças estomacais causando o mau hálito. A relação direta do mau hálito é com doença bucal. Caso não haja alteração em dentes, gengivas e língua é que pensamos em associação com problemas de estômago.

Assim, devemos nos preocupar com a limpeza bucal como um todo, higienizando dentes, gengivas e língua. Usar balas e chicletes para tentar mascarar o mau hálito não resolve o problema. A solução pode ser dada por um dentista competente e habilitado, que irá diagnosticar e tratar o mau hálito da maneira mais adequada.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Previna-se: Não perca seus dentes!

Infelizmente, o Brasil ainda é conhecido como um país de desdentados. É muito comum na cabeça da população a imagem de que idosos usam dentadura; a ideia de que na cabeceira da cama ao lado de um avô dormindo, vai ter um copo com água e um par de dentaduras dentro. É comum pensarmos que, à medida que envelhecemos, vamos perdendo os dentes. E que todos estamos destinados a morrer desdentados.

Entretanto, o que não se sabe é que há possibilidade de envelhecermos com dentes. Podemos, sim, vivermos sorrindo pra vida com nossos próprios dentes, e não com uma dentadura. E tudo começa na prevenção.

Fica até meio maçante falar isso, parece propaganda de saúde, mas a prevenção é o melhor remédio. Se prevenirmos a cárie e a doença periodontal, teremos uma redução drástica na quantidade de dentes perdidos, pois são essas as doenças que mais levam às extrações dentárias.

Etimologicamente, a palavra cárie significa matéria podre. E é isso que vemos num processo carioso. Bactérias presentes na cavidade bucal digerem os açúcares que comemos, produzem ácido e o ácido corrói a estrutura do dente. Com isso, o cálcio e outros minerais do dente são perdidos, formando a cavidade. Nesta cavidade acumulam-se restos alimentares, mais bactérias, saliva e resto de dente corroído, formando uma massa amolecida, apodrecida.

À medida que mais bactérias estão presentes, mais acido é produzido, e maior a cavidade da cárie vai ficando. Até que essa massa atinge as porções mais internas do dente, aproximando-se do nervo do dente. É quando há dor. E em casos mais avançados de dor, há necessidade de se tratar o canal do dente. Nessa situação, as bactérias já entraram em contato com o nervo do dente e infeccionaram o nervo. O tratamento de canal é uma limpeza e desinfecção do nervo do dente com posterior obturação pelo material mais adequado.

Quando falamos em doença periodontal, estamos nos referindo à doença que atinge o tecido em volta do dente, que o sustenta e o protege. Também por um acúmulo de bactérias na porção gengival, temos produção de material tóxico que degrada a gengiva. Conforme essas bactérias vão se multiplicando, mais toxina é produzida e mais perda gengival se tem. Abaixo da gengiva há o osso de sustentação do dente, que também será atingido na sequência. Com isso, o dente perde esses tecidos de sustentação e proteção, ficando amolecidos. Dentes que aparentemente não tem problema algum, ficam moles. A causa também é bacteriana, só que desta vez a bactéria “prefere” a gengiva e o osso, e não o dente.

Portanto, as principais doenças que levam à perda dentária são causadas por bactérias. E as bactérias são removidas com os hábitos de higiene bucal. O uso do fio dental e da escova de dentes é fundamental. Se usados corretamente e pelo menos três vezes ao dia, não haverá adesão de bactérias no dente e nem na gengiva suficiente para causar cárie ou doença periodontal. Criar bons hábitos de higiene fazem parte da prevenção de doenças de boca. Prevenindo, não perderemos mais dentes.