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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Medo de dentista?

A odontologia é a profissão que mais carrega consigo o estigma da dor. Muitas pessoas morrem de medo de ir ao dentista. É comum em roda de amigos alguém contar um caso de sofrimento relacionado ao tratamento dentário. A figura do dentista é aterrorizante para muitos, sendo aquele que “faz doer”.

A principal causa dessa imagem está na história da odontologia. Antes de se descobrir a anestesia, todos os procedimentos eram feitos a sangue frio. Era comum pacientes desmaiarem durante ou após uma extração dentária. Além disso, várias pessoas tinham que segurar o paciente para que o procedimento pudesse ser executado. Bebidas alcoólicas eram ingeridas pelos pacientes previamente, na tentativa de deixá-lo um pouco menos consciente.

Essa cena é tão presente em nossas memórias, que imagens e pinturas dos nossos antepassados retratam o terror de uma extração de dente. A figura do dentista, que na época não era um profissional e sim um prático, é de um homem com o “boticão” na mão fazendo o paciente sofrer.

Sendo assim, muitas pessoas deixam de cuidar de seus dentes porque tem medo de ir ao dentista. Dentes extensamente cariados, mau hálito, sangramento gengival e um sorriso desagradável acompanham aqueles que temem o tratamento odontológico. E o problema é que não só a saúde bucal está comprometida nesses casos. Como a boca faz parte do organismo e participa de muitas funções do corpo, sérios problemas cardíacos e digestivos podem ser resultado desses descasos.

A associação entre tratamento odontológico e dor não corresponde, usualmente, à realidade. Pessoas que se “agarram” nesse pavor do dentista, findam sofrendo mais do que se estivessem fazendo consultas regulares e prevenção a doenças de boca. Uma vez que a cárie não cessa, cada vez mais a situação vai ficando pior, e a dor de dente vai aumentando.

Hoje, a odontologia dispõe de vários recursos para minimizar o sofrimento do paciente. Anestésicos potentes, técnicas avançadas, equipamentos modernos, bons medicamentos e parcerias com anestesistas garantem ausência ou o mínimo possível de dor. E a própria formação profissional do dentista, aliado a conhecimentos científicos e anos de muito estudo e dedicação fizeram a revolução nesse cenário.

Nesse sentido, é importante o conhecimento dos pais para que seus filhos não perpetuem o medo do dentista. Jamais devemos amedrontar uma criança com ameaças de levá-la ao dentista, ou dizer que o dentista vai aplicar injeção se elas fizerem isso ou aquilo. São esses “fantasmas” criados ao longo da infância que bloqueiam um relacionamento adequado da criança com o dentista. E por consequência, a criança também estará traumatizada, correndo risco de apresentar sérios problemas bucais.

Portanto, devemos ter em mente que a saúde bucal é importante e necessária para que tenhamos a saúde geral do organismo. E somente teremos saúde se percebermos que a odontologia está em outra era, e não aquela retratada com pavor e medo. Temos que deixar o medo de lado e consultar um dentista de confiança. Com certeza, um bom profissional saberá conduzir um tratamento adequado para pacientes traumatizados. E não esqueçamos da saúde de nossos filhos. Eles precisam da nossa segurança para permitirem tratamento.

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