Consultório da Dra. Nália

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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Implantes Dentários e a Preservação de Dentes

A ideia de se preservar ao máximo a estrutura dentária sempre acompanhou a odontologia. Entretanto, desde a década de 80, com os implantes bem estabelecidos, alguns profissionais e pesquisadores começaram a se questionar: até quando devemos realmente tentar salvar um dente?

O dente é um órgão humano. Ele participa de importantes funções no nosso organismo, pois é a mastigação que inicia a digestão dos alimentos, são os dentes que ajudam a posicionar a articulação da mandíbula e é a presença dos órgãos dentários que harmoniza a musculatura facial e do pescoço, preservando função e estética do rosto.

Mas, ainda hoje, infelizmente, vemos pessoas que preferem tirar um dente que dói ao invés de tentar tratá-lo. No início, a falha no lugar do dente extraído representa somente a falta de estética. Problemas mais complicados afetando musculatura da face e pescoço, bem como articulação da mandíbula, aparecerão anos depois.

Por outro lado, há situações em que o dentista tenta preservar ao máximo um dente que tem um tempo de sobrevida duvidoso. E é nesses casos que entra o questionamento sobre preservar ou extrair o dente.

Quanto mais preservar um dente, melhor para o paciente, desde que aquele dente consiga executar sua função por muito tempo e sem prejuízos para o organismo. E é aí que está a maior parte dos problemas, saber se um dente vai levar à perda de tecido ósseo ou gengival em longo prazo.

Um dente destruído por cárie, que precisa de tratamento de canal, mas não aguenta sustentar uma prótese, não adianta ser tratado. Um dente permanente que está mole e, mesmo com tratamento, não conseguirá se firmar novamente, não deve ser deixado na boca, pois levará a mais perda de osso. Um dente que fraturou na raiz, sem condições de tratar, não pode ser extraído somente quando ele apresentar algum problema visível.

É em situações como essas que a conduta de não se tirar o dente pode levar a situações complicadas no futuro. Pois a perda de tecidos em torno do dente é difícil para ser reposta. Normalmente requer alguns procedimentos cirúrgicos, o que envolve maior investimento financeiro e mais tempo de espera para a conclusão do tratamento.

Como o implante dentário teve melhor comprovação científica e tornou-se mais acessível a partir dos anos 80, casos de dentes duvidosos quanto à sua permanência na boca são melhor tratados com a extração seguida da colocação de implante.

O tratamento com implantes dentários é seguro, pois não há rejeição, há manutenção de tecidos ósseo e gengival e a estética é favorável. Isso fez com que pesquisadores e profissionais hoje prefiram tirar um dente e colocar um implante com a intenção de preservar os tecidos bucais. Ou seja, para a preservação das estruturas que sustentam o dente, em determinados casos, é preferível que se tire o dente - já que os implantes substituem muito bem e a permanência do dente poderia causar danos ósseo e gengival.

Portanto, em algumas situações, não vale mais a pena ficar meses tentando salvar um dente, pois os tecidos seriam muito mais preservados se um implante fosse instalado no local. Mas, somente um profissional competente e capacitado pode tomar uma decisão acertada junto com o paciente.

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