Consultório da Dra. Nália

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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Odontologia de pacientes especiais

Os pacientes portadores de necessidades especiais têm acesso restrito a tratamento odontológico no nosso Estado. São poucos os profissionais capacitados para lidar com esses pacientes no âmbito particular. Pelo serviço de saúde pública, a situação é ainda mais complicada.

Pacientes renais crônicos, hipertensos, cardiopatas, diabéticos, grávidas, sequelados de acidente vascular-cerebral (AVC) e de paralisia cerebral, portadores de síndromes, com debilidades cognitivas são alguns dos exemplos daqueles que, normalmente, precisam de auxílio para realizar suas atividades diárias. Consequentemente, também necessitam de um atendimento dentário especializado. Muitas vezes, tais pacientes não podem nem se submeter a um tratamento convencional em consultório, devendo ser levados para atendimento em ambiente hospitalar.

Há algumas situações típicas de portadores de necessidades especiais que impossibilitam esse atendimento convencional. Como no caso de diabéticos, hipertensos e cardiopatas não controlados e que apresentam uma urgência dentária. O atendimento odontológico tem que ser realizado, pois o paciente está com dor de dente ou com abscesso gengival, por exemplo, mas as taxas de glicemia e pressão arterial estão acima dos limites aceitáveis. São casos em que o atendimento para remoção da dor não pode ser feito sem um monitoramento adequado, o que só é possível em ambiente hospitalar, com o paciente internado sob assistência médica. Para esse grupo de pacientes, o tratamento dentário será conduzido quando seus exames e o médico atestarem normalidade. Somente o atendimento de urgência é que deverá ser feito e exclusivamente em hospital.

Pacientes com determinadas síndromes, com debilidade cognitiva e alguns com paralisia cerebral não permitem atendimento na cadeira do dentista. São outro grupo de pacientes que necessitam de atenção odontológica em hospital. Os tratamentos desse grupo são conduzidos, normalmente, sob sedação em centro cirúrgico ou sob anestesia geral. Em algumas situações nem mesmo o exame clínico é permitido por esses pacientes, e o dentista só consegue fazer o diagnóstico acurado quando o paciente já está sedado.

Para os pacientes com sequela de AVC ou de paralisia facial, a higiene bucal se torna bastante complexa, pois os músculos da face e coordenação motora estão prejudicados. Para esses pacientes, atendimento dentário convencional pode ser possível, desde que o profissional seja habilitado para isso e que o paciente esteja com suas funções de reflexo mínimas em funcionamento. Às vezes as sequelas são tão graves que o paciente não permite atendimento. Considera-se, então, a possibilidade de intervenção sob sedação médica, caso a necessidade de tratamento realmente justifique.

Assim, é necessário um corpo clínico de cirurgiões-dentistas relativamente grande para atender a demanda do nosso Estado. E não é o que ocorre, infelizmente. Esses pacientes ficam, em sua maioria, desassistidos tanto no âmbito da saúde privada quanto pública. Há carência de profissionais e falta de incentivo financeiro por parte dos governantes para que mais profissionais optem por essa especialidade. Somente um profissional com experiência em atendimento a portadores de necessidades especiais é capaz de conduzir um tratamento adequado.


Ano Novo, Boca Nova

Estamos no começo do ano de 2012. Já podemos começar a dar os primeiros passos para colocar em prática as promessas feitas no finalzinho de 2011. Emagrecer, estudar, dar mais atenção à família e cuidar da saúde são algumas das atitudes que muitos se propõem a tomar quando um novo ano inicia. No item que diz respeito à saúde, cuidar da boca está logo nas primeiras linhas.

Não é difícil conseguir um belo sorriso. Há vários tratamentos disponíveis, com técnicas modernas e excelentes materiais estéticos, como o clareamento dental, as facetas de porcelana e as coroas metal-free.

O clareamento é um tratamento que sempre branqueia os dentes, mas não podemos precisar o quanto. Há a técnica de consultório, em que se usa um agente clareador ativado pela luz led/laser e são realizadas, em média, duas sessões para obter o resultado desejado. Existe a técnica caseira, na qual o paciente recebe o material para aplicar em casa, com visitas periódicas para avaliação no dentista. E há a associação de ambas as técnicas, que dependerá de cada caso, a ser avaliado pelo dentista.

As facetas são o meio através do qual os dentes recebem uma espécie de capa de porcelana. Dessa forma, os dentes ficam bastante brancos na parte da frente, que é visível durante o sorriso, e podem ter suas formas e tamanhos alterados também, se o caso clínico exigir. Dentes pequenos podem ficar maiores; dentes curtos alongam; espaço entre os dentes passa a não mais existir; dente tortos se alinham; dentre outras alterações possíveis. Normalmente é essa a técnica utilizada por artistas de televisão para conseguirem dentes alinhados, proporcionais entre si e muito brancos.

A porcelana também pode ser usada para encapar o dente por completo, fazendo uma nova coroa dentária. Quando as coroas são confeccionadas, pode-se abrir mão do metal -em alguns casos- e fazer coroas inteiras de porcelana. São as coroas metal-free, ou seja, livres de metal. Antigamente, todas as coroas teriam que, obrigatoriamente, ter sua porção interna metálica. Com a evolução da tecnologia e dos materiais odontológicos, já é possível fazer dentes sem nenhum metal. Entretanto, cada caso deve ser estudado separadamente. E em um mesmo paciente, dentes diferentes podem receber tratamentos diversos.

Dessa forma, fica fácil cumprir essa promessa de ano novo. Um belo sorriso pode ser obtido por aqueles que procurarem um profissional competente, atualizado e com experiência em estética bucal. Feliz 2012!