Consultório da Dra. Nália

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Atendimento Dentário em Hospital

A saúde bucal é de suma importância para todos. Um belo sorriso reflete bem estar, alegria e saúde. Visitas frequentes ao dentista e um bom cuidado com higienização bucal garantem uma condição saudável. Entretanto, há pacientes que não permitem escovação adequada nem tratamento odontológico no consultório.

São diversos problemas, principalmente de ordem neurológica, que alguns pacientes apresentam e que os torna incapazes de permitir um atendimento convencional. Como por exemplo, as paralisias cerebrais mais graves.

Pacientes que não tem controle sobre seus movimentos, que apresentam movimentos involuntários, que não tem coordenação motora ou que não tem movimentos de braços e cabeça adequados, não conseguem fazer a própria escovação dentária. Eles precisam da ajuda e supervisão de pais, parentes ou responsáveis para executar a higienização bucal. Esses pacientes também, normalmente, impedem uma atuação do dentista. Muitas vezes nem mesmo eles abrem a boca para permitir um exame clínico.

Isso se deve, na maioria dos casos, à incapacidade de discernimento desses pacientes. A lesão cerebral afeta a compreensão, e a pessoa finda por não entender realmente o que se passa numa consulta. O que resulta em impossibilidade de atendimento.

Nesses casos, o atendimento deve ocorrer em nível hospitalar. É possível fazermos um bom atendimento, com tratamentos apropriados para esses pacientes e com segurança para todos. E é importante ressaltar a segurança que o tratamento hospitalar oferece. Pois, muitos pensam que ir ao centro cirúrgico de hospital é o último recurso.

Há casos que o tratamento na cadeira do dentista torna-se perigoso e traumatizante para esses pacientes. Uma vez que, durante um exame ou tratamento dentário, utilizam-se muitos instrumentos cortantes e perfurantes. Se o paciente fizer um movimento brusco, há risco de cortes em língua, bochecha, garganta. O que seria um problema. Além do que, para um paciente que permite o tratamento, o barulho do motorzinho e o uso de instrumentos já é estressante; para um paciente que não entende, então, seria terrível.

Assim, há necessidade de um tratamento diferenciado. Um tratamento que possa ser executado com segurança para o paciente, familiares e para os profissionais. E o recurso de centro cirúrgico hospitalar pode ser utilizado.

Antes de um atendimento hospitalar, existem alguns protocolos que devem ser seguidos. É preciso todo um cuidado prévio em relação à realização de exames, liberações médicas e avaliação do estado geral de saúde do paciente. E no ambiente hospitalar, também, há muitas regras a serem seguidas. Somente profissionais capacitados estão aptos a trabalhar dessa forma e podem oferecer tais serviços, pois o funcionamento é diferente do que se faz num consultório dentário.

Desta forma, há condições de tratamento odontológico para pacientes que necessitam de cuidados especiais, que não permitem atendimento na cadeira do dentista. Pois são pacientes que tem direito à saúde bucal e que podem sorrir pra vida de uma forma saudável.


 


 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pré-natal Odontológico

A gravidez é uma época maravilhosa para a maioria das mulheres. Às vezes inicia conturbada devido aos enjoos, outras vezes termina com um nascimento prematuro, assustando pais e familiares, mas sempre a expectativa por ver o rostinho do neném e poder tocá-lo supera todos os atropelos. Um dos problemas enfrentados por várias grávidas e que interfere em todo o bem estar da mãe e filho são os problemas bucais.

Dor de dente, sangramento gengival e mau-hálito são os mais recorrentes. E o pior é que há um mito de que grávida não pode ir ao dentista, o que está totalmente incorreto. Elas não só podem tratar dos dentes, como devem fazer isso rotineiramente no pré-natal. Tão importante quanto fazer o acompanhamento obstétrico é realizar o pré-natal odontológico.

As primeiras consultas são para esclarecimento sobre a melhor forma de higienização bucal em grávidas e como as futuras mamães podem fortalecer os dentes dos pequenos. Em seguida é feito um exame clínico acurado para diagnosticar os problemas bucais e traçar um plano de tratamento. A melhor época para se fazer um tratamento é no segundo trimestre da gravidez, quando a grávida está mais estável. Mas atendimentos de urgência podem e devem ser feitos em qualquer período gestacional.

Podem ser feitas radiografias, desde que a grávida esteja adequadamente protegida com avental de chumbo. Podem ser feitas restaurações, tratamentos de canal, clareamento, limpeza, extração dentária, tratamento de gengiva. Enfim, todos os tratamentos necessários para restabelecer a saúde bucal, mas respeitando o que for realmente necessário, para não submeter a grávida a situações de estresse.

A situação hormonal torna a gestante mais frágil, mais susceptível às doenças. Então o diagnóstico precoce é fundamental. Um sangramento gengival (gengivite) quando não tratado, pode evoluir para o amolecimento dos dentes (periodontite). E a periodontite predispõe a partos prematuros e a nascimentos de bebê de baixo peso.

Outro fator que predispõe as grávidas a problemas bucais são os enjoos, o gera episódios de vômito várias vezes ao dia. Ou seja, um conteúdo estomacal ácido é colocado em contato com os dentes repetidas vezes, causando nos dentes a erosão ácida. Além disso, devido às náuseas, as gestantes têm dificuldade de fazer a higiene bucal. E é justamente nessa época que há necessidade de elas se alimentarem com mais frequência. Criando, assim, um ciclo vicioso: não escova porque vomita; o vômito causa erosão ácida, prejudicando os dentes; a freqüência de exposição a açúcares é maior; há necessidade de uma melhor higienização; não escova porque vomita...

Portanto, as grávidas precisam de um acompanhamento odontológico adequado, com limpezas dentárias mais frequentes e informações importantes para os dentes do bebê. Somente um profissional competente e atualizado pode fazer um pré-natal odontológico que deixe mãe e bebê seguros e saudáveis.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Contaminação na Área da Saúde

A tecnologia trouxe muitos benefícios para a área de saúde. São equipamentos modernos utilizados para diversas finalidades que nos fizeram entender melhor as doenças, descobrir peculiaridades dos transmissores e tratar com maior efetividade as enfermidades. Entretanto, mesmo trabalhando com materiais de última geração, ainda pecamos muitas vezes em ações básicas.

A lavagem das mãos é uma delas. Todo profissional de saúde sabe da revolução que o simples ato de lavar das mãos causou nas ciências médicas. A diminuição de contaminação foi drástica a partir do momento que os profissionais passaram a lavar as mãos entre exames de diferentes pacientes. Mas, ainda hoje vemos profissionais que não lavam as mãos antes de examinar um paciente, ou depois de removerem as luvas. A importância desse ato é tamanha que até para aqueles que não são profissionais da saúde, lavar as mãos é sinal de higiene. Inclusive propagandas foram veiculadas na televisão e rádio, na época em que a gripe A estava se alastrando rapidamente, para lembrar que devemos lavar as mãos sempre.

Outro comportamento incorreto que ainda vemos em profissionais de saúde é o cuidado com a vestimenta. Todo aquele que trabalha com risco de contaminação deve usar uma série de itens que compõem o que chamamos de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Um dos principais componentes do EPI é o jaleco, também conhecido como avental. Seja o jaleco branco (normalmente usado) ou colorido, trata-se de uma barreira contra a contaminação e, portanto, não deve sair do ambiente contaminado. Ou seja, ir até a lanchonete do hospital ou sair da clínica pra "respirar um ar puro" vestindo o jaleco não pode. Fazendo isso, estamos colocando em risco nossa própria saúde e a de outras pessoas. Já que muitos microrganismos sobrevivem durante dias sobre nossas roupas.

Andar com a máscara apoiada no queixo ou com o estetoscópio pendurado no pescoço fora do ambiente de trabalho, também são atitudes errôneas que favorecem a disseminação de bactérias, vírus e fungos.

Por fim, o cuidado com a limpeza e higiene do local onde trabalhamos. Um consultório limpo e arrumado transmite segurança ao paciente. Já aquela recepção bagunçada ou aquele banheiro em que a descarga não funciona refletem o descaso com a higiene, o que compromete inclusive a confiança que o paciente tem no profissional.

Sendo assim, como profissionais da saúde e conhecedores das formas de contaminação, devemos nos preocupar com itens básicos de higiene para não colocarmos em risco nossa saúde, de nossos familiares e pacientes. E como usuários, temos que procurar hospitais, clínicas e consultórios que prezem pela qualidade no atendimento, que nos deixem confiantes nos serviços oferecidos e que tenham profissionais comprometidos com a biossegurança.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sorria, Papai!

Mais uma data comemorativa no nosso calendário. Domingo foi o dia dos pais. Dia de darmos boas risadas, estarmos felizes e compartilharmos momentos agradáveis ao lado de nossos pais e maridos, amigos e irmãos que também são papais. Mas para isso, sorrisos bonitos e hálito puro são muito bem-vindos.

Sabe-se que os homens são bem menos preocupados com a saúde do que as mulheres. Tanto que, no dia da mulher, fala-se em presentear com flores, cestas de café-da-manhã e outros. Já no dia do homem, 15 de julho, foram feitas ações de saúde em vários locais públicos, com o intuito de despertar no homem o interesse pela prevenção e tratamento de doenças.

Vários deles se sensibilizaram e passaram a dar a devida importância às consultas na área da saúde. Entretanto, a maioria ainda reluta em procurar os cuidados profissionais. Especialmente os de mais idade.

Mas aos poucos, as gerações vão se tornando diferentes. Os jovens de hoje se preocupam muito mais com a saúde mental e corporal do se preocupavam nossos pais e avôs. Essa mudança é fruto de um mundo globalizado. O acesso às informações e a rapidez da comunicação facilitam o conhecimento. Sabemos, por exemplo, que as refeições norte-americanas resultam em padrões obesos e propensos a doenças cardíacas; enquanto que a alimentação oriental tende a manter o corpo mais esbelto.

As próprias indústrias alimentícias já se preocupam em oferecer versões light e diet de seus produtos. Além de ressaltarem quando os alimentos têm pouca gordura ou quando são assados, ao invés de fritos.

Todas essas melhorias trazem benefícios para a saúde de todos. A preocupação com o bem-estar também aumenta e os sorrisos estão diretamente ligados com essa elevação da auto-estima.

Já vemos, com certa frequência, homens procurando tratamento odontológico. No entanto, ainda na maioria dos casos, quem os traz são as mulheres. O que importa é que a saúde bucal seja colocada como prioridade, pois a boca é a entrada do nosso organismo, é onde se inicia a digestão. E é também o local onde conseguimos expressar felicidade e alegria, através do sorriso.

Portanto, ter um sorriso bonito, com dentes alinhados e brancos reflete saúde e higiene. Se os papais não procuram tratamento odontológico, que os filhos e esposas tomem a iniciativa para levá-los. Vamos presentear os pais com um belo sorriso, para que eles se inspirem e também preservem sua saúde bucal.


 

domingo, 14 de agosto de 2011

Um sorriso muda tudo

Essa peça publicitária sairá em diversas revistas para seus assinantes aqui no Amapá. Espero que gostem.
Para visualizar melhor a imagem, basta clicar nela,

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Restauração x Obturação

A maioria dos pacientes que vai ao consultório com dentes ou restaurações fraturados quer fazer uma "obturação". E sempre o dentista fala que precisa fazer uma restauração. Por mais que utilizemos outro termo, explicamos que se trata do mesmo procedimento. Mas a força do hábito tornou o termo "obturação" mais popular, por mais que esteja incorreto.

Obturação, de acordo com o dicionário, é sinônimo de fechar, tapar. Na odontologia, essa palavra é utilizada para o término do tratamento endodôntico (canal). Quando o endodontista (especialista em tratamento de canal) já fez toda a desinfecção e limpeza da porção interna do dente, resta uma cavidade para ser fechada. Ele, então, finaliza o canal do dente, faz a obturação do dente. Pra quem já se submeteu ao tratamento endodôntico sabe que no dia em que o dentista "fecha o canal", normalmente, fica um selamento provisório. Ou seja, a obturação foi o fechamento do canal – que é a região onde fica o nervinho do dente -, a conclusão do tratamento endodôntico. Falta ainda a reconstrução do dente.

E é essa reconstrução que se chama restauração. Quando trabalhamos no intuito de devolver a correta forma do dente, sua função na mastigação e a estética dental, estamos restaurando um dente. E não apenas fechando uma cavidade, que é ao que se remete o termo obturação.

Existem alguns materiais para se fazer a restauração dentária. Um mais antigo, mais conhecido é o amálgama. Tem coloração metálica, não é estético, dura bastante tempo, mas também quando fratura leva ou já levou boa parte do dente junto. Tem-se a errada impressão de que esse material é o melhor devido à sua durabilidade. Entretanto, o amálgama geralmente causa microtrincas no dente em torno da restauração e, com o tempo, pode levar à fratura dentária. É um bom material restaurador quando bem utilizado e corretamente indicado, mas não é o material de escolha hoje em dia.

A resina que é o material restaurador mais indicado nos dias atuais. É um outro material também bastante conhecido, que além de ser estético e resistente, tem propriedades semelhantes às dos dentes, não causando trincas ou fraturas se bem indicado. No entanto, a resina é um material muito sensível à técnica de seu uso, e nem sempre as condições de restauração são adequadas para o sucesso e longevidade desse material.

Dessa forma, as restaurações dentárias podem ser feitas com qualquer material indicado para o caso de cada paciente, de cada dente. Grandes perdas de estrutura dental podem ser reabilitadas com porcelana também. O importante é que se procure um profissional competente e que tenha conhecimento das características de cada material, para que não se venha a ter perda de estrutura dental sadia desnecessariamente.

Na próxima vez que você precisar reconstruir um dente, procure um profissional que faça uma restauração dentária. A obturação não trará estética e nem benefícios para o bom funcionamento da mastigação. Obturação, só se for o término do tratamento de canal.


 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pivô não existe mais

Ainda bastante usado, o termo pivô já não faz mais parte da odontologia atual. A técnica foi aperfeiçoada e, após algumas alterações na estrutura do material, o pivô deixou de existir. Muitos ainda apresentam reconstruções bucais antigas com o pivô, mas atualmente ele não é mais confeccionado.

O pivô consistia de um pino unido a uma coroa dentária. Nas situações em que o dente apresentava-se destruído por fraturas (devido a cáries ou a traumas), a reconstrução dentária iniciava-se pelo tratamento de canal. Após finalizado, preparava-se um apoio na parte interna da raiz do dente e então procedia-se à moldagem. Vinha, então, do laboratório de prótese uma peça metálica que adentrava o apoio na raiz e saía para a boca com uma capa estética, imitando um dente natural. A essa peça metálica e estética dava-se o nome de pivô.

Entretanto, começaram a surgir alguns problemas com os pivôs como: fratura de raiz de dente, manchamento dentário e gengival, soltura da peça, dificuldades técnicas em dentes com mais de uma raiz e contra-indicações biomecânicas em dentes inclinados.

As fraturas de raiz ocorriam e ainda ocorrem nos pivôs antigos porque a peça metálica e estética tem uma dureza superior à dureza da estrutura dental. Assim, quando uma força mastigatória mais exacerbada é transmitida para o conjunto pivô+dente, o pivô aguenta, mas o dente fratura.

O manchamento dental e gengival se dá porque se trata de uma peça metálica, e era confeccionado com ligas metálicas antigas. Hoje há muitos trabalhos protéticos com metal no interior, mas as ligas são bem diferentes e modernas.

A soltura da peça era devido, na maioria das vezes, às dificuldades técnicas e contra-indicações em dentes inclinados. Dentes com mais de uma raiz precisam ter mais apoio interno, e o pivô não tinha a flexibilidade para se encaixar nas reentrâncias. E os dentes inclinados obrigavam os profissionais a executarem o pivô também inclinado. Nesses casos, a força de mastigação era transmitida incorretamente, prejudicando tanto a raiz do dente como o cimento (cola entre o pivô e a estrutura dental), facilitando a soltura da peça e as fraturas dentárias.

Entretanto, dentes extensamente destruídos continuam existindo hoje em dia. Mas agora o pivô (peça única) saiu de cena para entrar a coroa+pino (peça com duas partes diferentes). A sequência inicial do tratamento é a mesma: tratamento de canal, preparo da porção interna da raiz do dente para apoio e moldagem. Mas quando vem a peça do laboratório, ela só corresponde à parte interna do dente, sem apresentar a capa estética: é o pino. Esse pino é cimentado (colado) na raiz do dente e depois novo molde é feito para a confecção da coroa.

Hoje existem pinos metálicos e pinos estéticos, cada um com suas devidas indicações. As coroas que substituem a parte visível do dente também apresentam variedade de material, com ou sem metal. Somente um profissional competente e atualizado pode indicar os melhores materiais e utilizar as técnicas odontológicas mais modernas para as reconstruções dentárias e trocas dos antigos pivôs.