Consultório da Dra. Nália

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Comidas Juninas e os Dentes

Essa época de festa junina é ótima. Desde os primeiros dias do mês já tem festa. É na escola do filho, no trabalho, na casa da tia, na rua onde moramos. Enfim, pra todo lado é comemoração de Santo Antônio, São João e São Pedro. E o que não falta nesses festejos, além de muita música e dança, são os maravilhosos quitutes.

As comidas típicas desta época junina incluem o pé-de-moleque, o milho cozido, a cocada, mingau de milho, amendoim, paçoca, pipoca, e por aí vai. Todas comidas gostosas e crocantes. E justamente por serem crocantes é que temos que ter cuidado.

Comidas que estalam nos dentes, provocando um ruído seco quando mastigamos, são bastante prejudiciais. São as que mais provocam fraturas dentárias e de próteses, pois transmitem uma força elevada em somente um dente ou parte dele. Essa força não tem pra onde se dissipar adequadamente, pois outros dentes não estão envolvidos no processo, ou pode acontecer de a força incidir com inclinação, prejudicando sua dissipação no eixo dentário ou protético.

Isto significa que não é somente quem usa algum tipo de prótese que deve estar atento aos alimentos crocantes. Os dentes naturais também não aceitam bem essas forças. Podem ocorrer trincas ou fraturas. As fraturas que ocorrem vão desde a saída de uma lasquinha de esmalte dental ou de porcelana até perdas dentárias irreversíveis.

Nas trincas, o paciente poderá sentir o dente ou prótese com um desconforto, um dolorido. Nesses casos, normalmente ocorre uma inflamação passageira, que necessita ou não de tratamento medicamentoso, dependendo da queixa do paciente. Clinicamente, não há um procedimento restaurador necessário. Porém, mais cuidado com o dente é necessário, pois já é um dente fragilizado.

Nos casos de fraturas mais leves, restaurações podem ser feitas diretamente na boca do paciente e dão uma longevidade maior para o dente ou prótese. A inflamação ocorrida também é passageira, sem obrigatoriedade de medicação.

As fraturas médias e maiores, com perda de boa parte da estrutura dentária ou protética, exigirão a substituição daquela parte fraturada feita fora da boca, ou a substituição da peça inteira. São feitos contornos nas bordas para não ficarem cortantes e procede-se com moldagem da boca para a confecção em laboratório. Pode haver necessidade de tratamento de canal em alguns casos, principalmente se houver dor associada.

Fraturas bastante extensas, penetrando na gengiva e com envolvimento da raiz do dente poderão ser irreversíveis e acompanhados de dor. Avaliação criteriosa deve ser conduzida para se optar pelo melhor tratamento. Se houver necessidade de extração do dente, implantes dentários geralmente são bem indicados. Se a prótese estiver comprometida, a troca se faz necessária.

Assim, devemos ter cuidado ao mastigar determinados alimentos. Esses típicos das festas juninas são muito gostosos, mas podem trazer um problema inesperado. Procurar um dentista competente é necessário se isso ocorrer.


 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dentes fixos em 3 dias

O surgimento dos implantes dentários foi uma revolução na odontologia. Inicialmente utilizado para pacientes desdentados totais, os implantes foram se aperfeiçoando com as pesquisas realizadas, e hoje eles são a melhor opção para a reabilitação dental de qualquer caso de ausência dentária. Isto é, para a reposição de um ou mais dentes ou ainda de todos os dentes, os implantes dentários são a primeira opção de tratamento.

Feitos em titânio, os implantes são pinos que substituem a raiz de um dente perdido. Não causam reação alérgica e não têm rejeição. São inseridos na estrutura óssea da maxila e mandíbula do paciente, passam por um processo de cicatrização de 3 a 6 meses e, após esse período, podem receber força mastigatória.

Esse é o tratamento clássico na implantodontia. É o que é feito na maioria dos casos. Entretanto, há uma forma de se devolver os dentes fixos sobre implantes em um tempo bem mais curto: 3 dias.

São alguns casos que podemos tentar essa técnica. Há necessidade de exames prévios específicos, mas somente durante a instalação dos implantes é que podemos saber se é possível ou não essa modalidade de tratamento. Normalmente conseguimos colocar os dentes definitivos fixos em 3 dias nos casos de pacientes desdentados totais. Ou seja, aqueles pacientes que não têm nenhum dente na boca poderão se beneficiar da técnica dos 3 dias. A mandíbula – arcada inferior – é onde mais conseguimos fazer a técnica, devido à qualidade óssea dessa região.

Nos pacientes desdentados, são colocados de 4 a 6 implantes com um travamento suficiente para desenvolver o tratamento dos 3 dias. Há um aparelho em que se mede esse travamento e, a partir de um determinado valor, podemos colocar a prótese fixa. Os implantes, nesse caso, ficam unidos e a peça com todos os dentes da arcada é fixada sobre eles. Se as ausências dentárias forem só na mandíbula, faz-se a prótese fixa inferior. Se forem na maxila, confecciona-se a peça fixa superior. Se forem duas dentaduras, faz-se o inferior e depois o superior, normalmente.

Alguns casos com perda de apenas um dente também podem ser reabilitados em 3 dias. Comumente quando envolve um dente da frente podemos tentar a técnica. É medido o travamento com o aparelho e, se possível, coloca-se o dente sobre o implante. Nesses casos, o mais corriqueiro é que se ponha um dente provisório fixo no implante, e não uma prótese definitiva como no caso de desdentados totais. Aguarda-se o período de cicatrização do implante e então se confecciona a prótese final. Mas nesse período, o paciente estará com o dente fixo sobre o implante. Alguns poucos casos conseguimos colocar o dente definitivo no prazo de 3 dias. A avaliação gengival é essencial.

Muito raramente se faz dente provisório fixo sobre implante em 3 dias nas reabilitações de dentes posteriores isolados. Logo, para se colocar um dente molar ou pré-molar, normalmente é realizado o tratamento clássico. Dente definitivo fixo nas regiões de molares e pré-molares não se faz.

Depois de colocado o dente ou prótese sobre implante, não há dor ou inflamação. Esses dentes funcionarão como outro qualquer, requerendo higiene e manutenção.

Assim, com a odontologia moderna, muitos benefícios são adquiridos ao se colocar uma prótese fixa com implantes. Esse tratamento inovador com implantes dentários pode ser realizado por um profissional competente e atualizado.


terça-feira, 14 de junho de 2011

O poder de sedução da boca

No dia dos namorados, 12 de junho, vários casais estão em comemoração. Beijos apaixonados, preocupação com o hálito, batons com cores vibrantes estão em alta. A boca é uma parte do corpo importantíssima para os amantes. Mas por que se associa tanta sedução à boca?

Há muitas terminações nervosas na nossa boca, especialmente nos lábios. Quando encostamos os lábios nos lábios de outra pessoa que gostamos, nosso cérebro responde nos passando sensação de alegria e prazer. O coração acelera, batendo até 150 vezes por minuto (o normal é 80 batimentos cardíacos por minuto); vários músculos faciais se movimentam, cerca de 29 grupos musculares se envolvem num beijo apaixonado; e até calorias são perdidas – em torno de 12 num beijo caprichado.

Muitos filmes mostram essa associação de boca com sedução, dando ênfase ao movimento labial. Fazem um "close" da filmagem em uma boca e deixam a cena passar em câmera lenta, captando detalhes dos lábios e dentes do ator ou atriz. Outros longa-metragens fazem do simples ato de uma mulher passar batom um verdadeiro ato sedutor, também com efeitos de gravação que enfatizam a feminilidade da ação.

Esse hábito, usado pelas mulheres, de pintar os lábios tem origem em tribos indígenas e africanas. Outras formas de adornar os lábios também são utilizadas em algumas tribos, como a perfuração dos lábios para colocação de argolas ou de hastes de madeira, tornando a pessoa mais atraente e mais cobiçada do que aquelas que não têm esse diferencial.

A influência desses enfeites tribais na nossa sociedade se traduz na colocação de piercings labiais: objetos metálicos, de plástico, com brilho, coloridos... de várias formas e tamanhos que chamam a atenção de algumas pessoas e atraem os que gostam desses adornos.

Lábios carnudos também têm sido objeto de sedução ultimamente. O grande volume dos lábios que atraem alguns homens e mulheres podem fazer parte naturalmente da pessoa, quando se adquire geneticamente essa característica. Ou, para aqueles que não nasceram assim e pretendem aumentar os lábios, enxertias e preenchimentos podem ser realizados por profissionais médicos.

Enfim, uma boca bonita com lábios atraentes aumentam o poder de sedução de qualquer pessoa. Para tanto, não são somente os enfeites e os batons que se fazem necessários. Dentes bonitos, brancos e alinhados, além de um hálito agradável e gengivas saudáveis são indispensáveis. A estética bucal tão valorizada pode ser conseguida através do trabalho de um bom profissional cirurgião-dentista.

Vamos aproveitar o dia dos namorados seduzindo quem amamos com beijos gostosos e belos sorrisos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pânico de dentista – Sedação na Odontologia

Há adultos que têm medo de ir ao dentista porque não gostam do barulho do motorzinho, porque têm trauma de experiências passadas com dentista ou porque têm pânico do tratamento mesmo. Só de pensar em sentar na cadeira do dentista, já começam a suar frio e o coração acelera. Quando têm consulta marcada no dia seguinte, esses pacientes perdem o sono e mal dormem na noite anterior, tamanha é a ansiedade.

Normalmente, pacientes que têm todas essas reações só deixam para ir ao dentista quando não aguentam mais de dor, ou quando a estética está severamente comprometida. O que agrava ainda mais o medo, pois em situações extremas o que realmente resta é a extração dentária. E o procedimento de remoção de dentes é desagradável, deixando na memória do paciente aquele tratamento ruim.

Hoje em dia, a odontologia tem inúmeros recursos para evitar a extração de dentes. Técnicas e equipamentos modernos auxiliam bons profissionais da área a aumentarem o tempo de vida útil de um dente prejudicado por cárie ou problema gengival. Mas com o advento dos implantes dentários, em muitos casos opta-se pela remoção do dente e colocação de implantes para a preservação das estruturas bucais.

Independente de qual seja o tratamento indicado, para os pacientes que têm fobia, pavor de tratamento odontológico, há um método que pode ser utilizado para deixar o paciente tranquilo e passível de fazer qualquer tipo de tratamento dentário: a sedação.

Realizada no próprio consultório dentário, a sedação é um procedimento eficaz e seguro, quando feita por profissionais competentes e experientes no assunto. Há algumas formas de sedação, como por exemplo, com o uso de comprimidos, de gás ou com medicação aplicada na veia. Cada caso tem sua indicação, e em todos os casos, exames prévios são necessários, sendo avaliada pelo dentista a forma de melhor sedar cada paciente.

A sedação é diferente de uma anestesia geral. A anestesia geral só pode ser realizada em centro cirúrgico por médico anestesista, na qual o paciente realmente dorme para que o dentista possa realizar os procedimentos necessários. Na sedação, o paciente não dorme totalmente, mas fica sonolento e totalmente relaxado. Após o tratamento, o paciente já está liberado para voltar pra casa com um acompanhante.

As sedações com comprimidos e com gás podem ser realizadas pelo dentista. Mas deve ser um profissional que possua o consultório adequado com os equipamentos necessários. Já a sedação endovenosa, na qual a medicação é aplicada na veia, deve ser conduzida por médico anestesista. Quando estiver sedado, o dentista poderá iniciar o tratamento. Assim, pacientes que têm pânico não precisam esperar o desconforto da dor para procurar tratamento especializado.

Portanto, a odontologia moderna tem métodos totalmente seguros e eficazes para o tratamento dentário de qualquer tipo de paciente. O medo e o pânico do dentista não podem mais impedir qualquer pessoa de sorrir. Com um profissional competente e atualizado, o sonho de ter dentes bonitos pode ser realizado em pacientes fóbicos através da sedação.

sábado, 4 de junho de 2011

Beijo na Boca dos Filhos


 

Uma das maiores formas de expressão de carinho é através do beijo. Quando cumprimentamos um amigo, o beijinho é no rosto. Quando pedimos a bênção dos pais, o beijinho é na mão. Um casal normalmente dá um beijo na boca, seja selinho ou um beijo mais apaixonado. E nos filhos pequenos, damos aquele cheiro no pescoço junto com um beijinho. Mas há pais que preferem dar um beijinho na boca do filho. Essa prática deve ser evitada. Principalmente se for em um bebê ou criança.

A boca é um dos locais mais contaminados de todo o nosso organismo. São vários tipos de bactérias, vírus e fungos presentes nos lábios, língua, bochechas, céu da boca, garganta e dentes. Todos esses microrganismos podem causar doenças, o que só dependerá do sistema imunológico e da higiene bucal de cada um.

Os bebês ainda estão em processo de formação de suas células de defesa. Cada vez que entram em contato com algum tipo de microrganismo, o sistema imune é ativado e novas células são formadas para responder à agressão. E as crianças estão amadurecendo seu sistema de defesa, criando a memória imunológica. Essas fases são importantes para o estabelecimento de um organismo forte e resistente.

Em uma situação de queda de resistência, como por exemplo numa gripe ou resfriado, o sistema imune das crianças está mais fraco. Se tiverem contato com determinados microrganismos que normalmente não causam doença, podem vir a desenvolver alguma patologia nesse período. O "sapinho" é um desses problemas.

Trata-se de um fungo oportunista. Quando a resistência da criança está normal, o contato com esse fungo não traz nenhuma doença. Mas numa baixa do sistema imunológico, o fungo supera a defesa da criança e acaba por desenvolver aquelas placas esbranquiçadas que quando destacam podem sangrar e causar bastante desconforto.

Outra situação é referente às bactérias que causam cárie e doença gengival. As crianças que estão começando sua dentição e aquelas que estão em fase de troca de dentes de leite por permanentes devem evitar contato com a boca de adultos. Isso porque essas crianças ainda não têm uma grande quantidade de microrganismo bucal como um adulto. O contato com novas bactérias pode levar ao aparecimento de lesões não comuns para aquelas idades, e que são de difícil resolução. Uma bactéria que só causa uma leve inflamação gengival num adulto, pode causar um sério problema gengival em uma criança. Ou uma bactéria que causaria uma cárie de lenta progressão num dente permanente, pode formar uma cárie avançada em um dente de leite.

Todas essas situações podem comprometer a saúde bucal e, às vezes, até causar um comprometimento de todo o corpinho da criança, com febre, mal estar e dores generalizadas. Isso tudo devido ao contato precoce com microrganismos, já que as crianças e bebês ainda não têm toda a sua defesa bem estruturada. Nessas situações, a procura por um bom profissional de odontologia deve ser imediata. Então, vamos deixar que o beijo na boca seja "coisa de adulto", evitando beijar na boquinha limpinha de nossas crianças.