Consultório da Dra. Nália

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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Manchas Bucais: parte II

Conforme exposto no artigo da semana passada, a mucosa bucal pode apresentar diversos tipos de manchamento. Língua, bochechas, gengiva e palato (céu da boca) podem apresentar manchas temporárias ou definitivas, escuras ou claras, de origem do próprio organismo ou de substâncias ingeridas.

Algumas causas de manchamento citadas foram a de origem da melanina (mais comumente presente em pacientes de pele morena ou negra), de restaurações metálicas (como o amálgama e blocos metálicos, antigamente utilizados), de hemorragias (após traumas ou cirurgias) e de medicamentos (bochechos, quimioterápicos, hormônios em reposição e agentes antimaláricos).

Além dessas causas, há também as manchas provenientes de uma doença que o paciente possa apresentar ou aquelas relacionadas ao câncer de boca.

Algumas doenças se manifestam, inicialmente, através de manchas bucais, o que torna um bom exame clínico bucal imprescindível. O cirurgião-dentista pode ser o primeiro a ter contato com um sinal de uma síndrome, de uma doença de ossos ou de um câncer de intestino. Eis um dos motivos de se escolher um bom dentista para conduzir o tratamento bucal.

Como diversas doenças iniciam pela manifestação através de manchas na mucosa oral, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar a evolução da doença e para aumentar as chances de cura. O auto-exame também é recomendado. Analisar periodicamente a própria mucosa bucal é simples. E caso detecte alguma alteração, deve-se, imediatamente, procurar um bom dentista.

Assim como o câncer gastrointestinal, o do trato respiratório também pode se manifestar precocemente através de manchas bucais. Além desses, o câncer de boca também pode vir precedido de mancha ou a própria mancha pode ser o câncer. O melanoma, por exemplo, é um tipo de câncer mais encontrado na pele, mas pode aparecer na cavidade bucal como uma mancha escura e tem evolução rápida e devastadora. As cirurgias para esse tipo de câncer, quando são possíveis, envolvem mutilação de boa parte da face do paciente.

O câncer de boca mais comum aparece na lateral e embaixo da língua. Pode surgir inicialmente como uma mancha branca ou branco-avermelhada. Evolui com endurecimento da língua, causando dificuldade na fala e deglutição, e somente em estágios mais avançados é que forma cavidades.

Pessoas infectadas por HIV também podem apresentar manchas arroxeadas na mucosa bucal. Às vezes, esse é o primeiro sinal da doença.

Portanto, é de suma importância que se dê atenção à saúde bucal. Próteses mal adaptadas, cigarro, álcool, dentes quebrados e ausêncas dentárias que proporcionem trauma de mucosa são fatores desencadeantes do câncer de boca. O auto-exame ajuda na detecção de anormalidades. Mas a consulta a um bom profissional cirurgião-dentista é necessária para que manchas que representem doenças ou câncer não sejam confundidas com aquelas causadas por remédios ou restaurações metálicas.

Manchas Bucais

A mucosa bucal é passível de machucados, mordeduras, queimaduras e também manchamentos. Como nossa boca entra em contato com os mais diferentes tipos de substâncias com texturas, temperaturas e cores variadas, as manchas podem representar desde uma simples alteração temporária devido uso de medicamento; mas como também a boca faz parte do nosso organismo, uma mancha pode refletir uma situação de doença severa..

As manchas qua mais chamam a atenção do paciente são as escuras. Em pacientes de pele morena e negra, são comuns as pigmentações melânicas raciais. Representadas por manchas marrons ou negras, essas pigmentações estão normalmente presentes na gengiva, mas podem também aparecer na bochecha, língua e palato (céu da boca). São manchas causadas por acúmulo de melanina e que não causam nenhum problema ao paciente. Àqueles que se incomodam esteticamente com essas manchas, há um tratamento de peeling gengival que melhora bastante a condição.

Uma outra mancha bastante comum é resultante de restaurações metálicas. O amálgama e os blocos metálicos, antigamente instalados com frequência, podem causar manchas escuras na gengiva e mucosas. Quando essas restaurações localizam-se entre dentes, o simples uso do fio dental pode proporcionar o aparecimento de manchas. Ou quando as restaurações fraturam e machucam a mucosa, podem se depositar detritos metálicos que aparecem em forma de mancha enegrecida.

Após procedimentos cirúrgicos ou traumas bucais que envolvem hemorragias, também há possibilidade de aparecer mancha na boca. Nesse caso, são depósitos de hemossiderina derivados da degradação de hemácias que geram manchas marrons. Normalmente, o próprio organismo se encarrega de eliminar essas pigmentações com o passar do tempo.

Há ainda as manchas resultantes de uso de medicamentos. Bochechos, quimioterápicos, hormônios em reposição e agentes antimaláricos são alguns dos exemplos que causam manchamentos na mucosa oral. Em relação aos agentes antimaláricos, esses são remédios também usados no tratamento de lúpus e artrite reumatoide. Na Amazônia, tais medicamentos são extensamente utilizados, já que a malária é endêmica nessa região; e o lupus e artrite reumatoide são doenças frequentes.

As manchas escuras causadas por esses remédios podem ser detectadas pelo dentista. Para tanto, é necessária uma consulta adequada, com informações precisas do paciente e um exame clínico acurado realizado por um bom dentista. Muitas vezes, não é necessária biópsia para fechar o diagnóstico. Como são manchas escuras, para não haver prejuízo estético do paciente, pode-se sugerir a troca da medicação ao médico assistente. E somente o médico pode decidir pela troca ou não da substância.

Outras manchas podem ser resultantes de doenças sistêmicas ou câncer de boca. Assunto vasto a ser explorado no próximo artigo.

Manchas bucais podem ter origens diversas. Somente um bom cirurgião-dentista pode conduzir um diagnóstico preciso e indicar os melhores tratamentos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A culpa é da medicação?

O principal motivo que leva as pessoas ao consultório dentário é a dor de dente. A maioria nem gosta de ouvir falar em dentista, então só procura atendimento quando realmente tem uma urgência. A principal causa de dor de dente é a cárie. Esse processo infeccioso não tem remédio que combata. Quando instalado, somente os procedimentos realizados pelo dentista podem deter seu avanço.

Vários são os fatores que contribuem para o aparecimento e desenvolvimento da cárie. Desde o grau de instrução da pessoa – que implica no entendimento e execução de técnicas de higiene bucal – até o conhecido açúcar. Mas, com certeza, todos os dentistas já receberam pacientes que colocam a culpa da cárie em medicamentos.

Sejam em si mesmos ou em seus filhos, muitos pacientes reclamam que após início de antibióticos, não para de surgir cárie. Ou que os dentes são fracos e pouco resistentes por causa de medicamentos tomados durante a infância. Há ainda aqueles que dizem que o dente já nasceu cariado por causa de remédios ingeridos.

As queixas são muitas, mas a atribuição dada aos antibióticos como causadores de cárie não faz parte da etiologia dessa doença, de acordo com estudos científicos.

O primeiro e mais importante fator presente nos medicamentos infantis e que está relacionado com causa da cárie é o açúcar. Para que o remédio fique com um sabor mais agradável ao paladar dos pequenos, são adicionados açúcares à sua formulação. Esses atuam como o nosso açúcar do dia-a-dia: se deixados sobre a superfície dentária, propiciam crescimento de bactérias nocivas ao dente.

Outro ponto relevante é a presença de corantes e espessantes. Para deixar o remédio com um aspecto mais agradável, de cor rosa ou vermelho, por exemplo, alguns produtos são acrescentados à formulação. A consistência um pouco mais grossa de alguns medicamentos também é resultado de acréscimo de produtos chamados espessantes, Tais alterações sofridas pelo medicamento podem prejudicar os dentes: corantes pigmentam os dentes e espessantes tornam o medicamento mais pegajoso, dificultando um pouco mais sua remoção quando usamos escova e fio dental.

Percebe-se, então, que realmente os remédios que tomamos podem colaborar para a instalação e desenvolvimento da cárie dental. Entretanto, essa condição é totalmente reversível. É bastante fácil impedirmos a influência negativa dos medicamentos sobre a superfície dental: escovação + fio dental + creme dental.

Após a ingestão de remédios, independente da hora – se de dia ou durante a madrugada – devemos sempre fazer a higiene bucal para mantermos a saúde dos dentes. Assim, não podemos mais atribuir aos medicamentos a causa da cárie. Sabemos que, se a cárie se instalar, foi porque nós mesmos negligenciamos os cuidados com a saúde de nossa boca.


quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Correção de Dentes Tortos sem Aparelho

Tradicionalmente, os dentes desalinhados e fora de posição são corrigidos com aparelho ortodôntico. Esse tratamento pode ser iniciado desde a infância, com aparelhos fixos e móveis. Mas é mais comum vermos adolescentes e jovens utilizando o aparelho fixo convencional, com aqueles bráquetes metálicos colados na parte da frente das coroas dentárias. Dificilmente os adultos se submetem à ortodontia, mas, quando necessário e dependendo do caso clínico, é possível corrigir dentes tortos sem necessidade de usar aparelho ortodôntico.
Com o avanço das cerâmicas odontológicas e dos cimentos que fazem a adesão dessas cerâmicas aos dentes, é possível fazermos as correções através de coroas e facetas. As cerâmicas são popularmente conhecidas como porcelanas. São materiais com alta resistência e elevado padrão estético. Apresentam polimento e brilho muito bons e a durabilidade e estabilidade de cor são os maiores dentre os materiais restauradores.
Para pacientes que não pretendem se submeter a tratamento ortodôntico por causa do desconforto causado pelo aparelho como alteração da fala, dificuldades mastigatórias e tempo prolongado de tratamento, há outra opção para correção dos dentes.
A confecção de facetas e coroas envolvem, comumente, desgastes dentários. O que também ocorre na ortodontia, já que muitas vezes é necessário desgastar um pouco alguns dentes e até mesmo extrair outros para a correção. Mas os desgastes realizados para facetas e coroas são maiores, normalmente.
A técnica de correção dos dentes através de facetas e coroas consiste, basicamente, em desgastar dente que está para fora da linha normal da arcada e acrescentar “dente” que está muito para dentro dessa linha. Dependendo do grau de desgaste, pode haver necessidade de tratar o canal do dente. E, em qualquer situação, uma vez que o dente for desgastado, não nascerá mais estrutura dental, ou seja, o tratamento é irreversível. As coroas são utilizadas quando precisamos desgastar ou refazer todo o contorno do dente. As facetas são indicadas quando há necessidade de mexermos somente na parte da frente do dente.
Quando os dentes estão muito desalinhados, pode ser necessário que se extraia algum dente para conseguir corrigir os demais. E com as facetas e as coroas, também podemos refazer a anatomia dos dentes. Assim, consegue-se a harmonia e a beleza do sorriso, bem como o seu alinhamento. Tão importante quanto a estética obtida através desses métodos é o equilíbrio da mordida que se obtém. Com dentes perfeitamente encaixados na altura correta, a musculatura da face, pescoço e nuca e as articulações da mandíbula trabalham adequadamente. Diminuindo, assim, a incidência de dores musculares e de cabeça.
Portanto, para aqueles que não pretendem se submeter a tratamento ortodôntico para correção de dentes tortos, há uma alternativa moderna e de grande previsibilidade na odontologia. Somente um profissional experiente no assunto pode oferecer um tratamento seguro e eficaz usando as porcelanas odontológicas.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Pacientes com distúrbios sanguíneos

Normalmente, o primeiro atendimento odontológico ao paciente é dado por um clínico geral. De acordo com as necessidades de cada caso, este dentista encaminha o paciente para um profissional especialista em determinada área. O atendimento especializado na área da saúde é do conhecimento de todos e é comum esse tipo de encaminhamento.

Um dos grupos de pacientes que geralmente é encaminhado ao dentista especialista é o dos que apresentam algum tipo de distúrbio sanguíneo. Quando o paciente relata que tem uma dificuldade na coagulação do sangue, que faz uso de medicação que "afina" o sangue, que já foi diagnosticado hemofílico ou que apresenta a doença falciforme, o dentista já deve ficar atento.

Esses são alguns dos exemplos das várias discrasias sanguíneas, que acometem uma parcela importante da população. Esses pacientes devem receber um atendimento especializado, seguindo-se os protocolos indicados para cada caso, em ambiente seguro e em parceria com centros hemoterápicos.

No caso do nosso Estado, o Hemoap é o órgão responsável pelo acompanhamento dos pacientes com distúrbios sanguíneos. Com um excelente trabalho realizado pelos médicos assistentes, os pacientes vindos deste centro têm a chance de receber atendimento odontológico especializado. E a parceria entre os profissionais médicos, dentistas e técnicos é essencial para que o tratamento seja bem sucedido.

Entretanto, são muitos os pacientes que necessitam de tratamento dentário e poucos os cirurgiões-dentistas que prestam este atendimento especializado. Há necessidade de se capacitarem mais profissionais para que atuem nesta área. Além disso, ampliação de espaço físico para este tipo de atendimento também é fundamental. Consultórios bem montados com materiais e equipamentos especializados são de suma importância para um tratamento odontológico adequado e seguro.

Assim, há uma parte da população amapaense que necessita de atendimento odontológico diferenciado e realizado em parceria com o Hemoap e outros centros hemoterápicos, que são os pacientes que apresentam distúrbios sanguíneos. Somente um cirurgião-dentista competente e experiente na área saberá conduzir o tratamento adequadamente.


 


 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Código de Ética Odontológica

Toda profissão é regida por uma série de normas de boa conduta. São regras que contemplam os direitos e deveres dos profissionais e que geralmente estão compiladas em um livro chamado código de ética. Na odontologia não é diferente, também temos o nosso código de ética. Entretanto, essas regras são desconhecidas pela população em geral, e às vezes, até mesmo por dentistas desatentos.

Uma das normas mais desrespeitadas é quanto à precificação. É proibido anunciarmos preços dos serviços odontológicos através de propagandas ou em panfletos. E por telefone, podemos informar os valores de consulta e, em caso de clínicas radiológicas, informar os preços de cada tipo de radiografia. Não podemos anunciar quanto custa uma limpeza ou um implante, de acordo com o código de ética. O que é facilmente compreensível quando se analisa a situação.

Os serviços odontológicos são individuais. Cada paciente tem uma necessidade diferente e apresenta um caso clínico único. Enquanto uns estão perdendo uma raiz dentária para colocar implante, outros já perderam os dentes há anos e necessitam de implantes, por exemplo. Cada situação deve ser estudada individualmente. E cada paciente apresenta uma condição de saúde geral só dele. Então não há como determinar esses valores sem levar em consideração o exame clínico, radiográfico e laboratorial.

Os planos odontológicos têm tabela e os consultórios também trabalham com valores de referência. No entanto, somente sabemos o que temos a fazer quando examinamos o paciente clinicamente e juntamos os exames auxiliares necessários. Não há como fazer uma consulta pelo telefone, nem tão pouco falar preços de procedimentos sem antes examinar o paciente. E nem mesmo podemos fazê-lo, de acordo como Conselho Federal de Odontologia.

Nesse aspecto entra outro ponto a se comentar: a cobrança da consulta odontológica. De acordo com o código de ética, os dentistas são livres para cobrar ou não a consulta. Mas, ao vermos que é nesse momento que utilizamos boa parte do nosso conhecimento e experiência e iniciamos o planejamento do caso clínico, além de termos custos envolvidos, fica clara a necessidade da cobrança desses honorários.

Assim, é contra a ética odontológica a divulgação de preços de tratamentos dentários por qualquer meio de comunicação. As propagandas devem ser cautelosas para lembrarmos que se trata serviço de saúde, e não de uma loja vendendo produtos industrializados.

Dessa forma, sorteios de aparelhos ortodônticos, de limpeza ou qualquer tratamento dentário são ilegais. E entrega de prêmios sorteados entre pacientes de um consultório também é proibida. O código de ética é bem claro e a ação do Conselho Regional de Odontologia se dá após uma denúncia da infração.

O bom cirurgião-dentista é aquele que se preocupa com a ética da profissão e que respeita os princípios que regem a odontologia.


 

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A importância do flúor

Ocorreu entre 2 e 5 se setembro, em Águas de Lindóia (interior de São Paulo), o maior congresso brasileiro de pesquisa odontológica. Todos os profissionais comprometidos com a pesquisa e o ensino da odontologia no Brasil participaram ativamente do evento. Trata-se de um congresso em que se encontram desde pesquisadores iniciantes, como alunos de iniciação científica da graduação, até os cientistas e professores mais renomados do Brasil.

Um desses, na verdade o maior pesquisador da área no Brasil, é o professor Jaime Cury, que estava presente no evento. Cientista e professor da Unicamp, Cury foi um dos palestrantes do evento. Tendo centenas de publicações nacionais e internacionais, ele é um dos pesquisadores mais respeitados do mundo e versou sobre o tema de seu domínio: o flúor.

Desde a década de 60, já se inicia a preocupação com os altos índices de cárie no Brasil. Entre 1960 e 1970, algumas cidades do Sul e Sudeste do país começaram a receber suplementação de flúor através da água de abastecimento público. Alguns estudos foram conduzidos e percebeu-se uma redução importante no índice de dentes cariados de crianças que moravam nas áreas de água fluoretada. A medida foi, então, expandida para outras cidades e chegou, timidamente, nas regiões centro-oeste, nordeste e norte.

Entretanto, o coeficiente de diminuição de dentes cariados ainda não havia atingido um valor satisfatório. Foi então que, através de pesquisas desenvolvidas sob orientação do professor Cury, estabeleceu-se a adição do flúor no creme dental. Isso ocorreu somente no final da década de 1980. E o governo brasileiro determinou, baseado nos estudos deste ilustre cientista, que todo creme dental deveria ter uma determinada quantidade de flúor na sua composição. Uma quantidade mínima de 1000 e máxima de 1500ppm de flúor na pasta de dente passou a ser lei no Brasil.

Após isso, os índices melhoraram ainda mais. E o creme dental se tornou a maneira mais eficaz de se levar flúor até as regiões mais remotas do nosso país. Uma vez que a água de abastecimento público ainda não tem uma eficiência de distribuição em todo o país, em especial nas regiões norte e nordeste, infelizmente.

Sendo assim, é importante questionarmos com nossas autoridades a necessidade da fluoretação da água de abastecimento público para beneficiar a população. A cárie é uma doença que há 50 anos é problema de saúde pública e medidas simples podem levar à redução e prevenção desse mal. Utilizar água fluoretada e creme dental com a quantidade certa de flúor são essenciais. Somente os dentistas comprometidos com o ensino e a pesquisa odontológica contribuem para o avanço da ciência brasileira em prol da saúde de todos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Atendimento Dentário em Hospital

A saúde bucal é de suma importância para todos. Um belo sorriso reflete bem estar, alegria e saúde. Visitas frequentes ao dentista e um bom cuidado com higienização bucal garantem uma condição saudável. Entretanto, há pacientes que não permitem escovação adequada nem tratamento odontológico no consultório.

São diversos problemas, principalmente de ordem neurológica, que alguns pacientes apresentam e que os torna incapazes de permitir um atendimento convencional. Como por exemplo, as paralisias cerebrais mais graves.

Pacientes que não tem controle sobre seus movimentos, que apresentam movimentos involuntários, que não tem coordenação motora ou que não tem movimentos de braços e cabeça adequados, não conseguem fazer a própria escovação dentária. Eles precisam da ajuda e supervisão de pais, parentes ou responsáveis para executar a higienização bucal. Esses pacientes também, normalmente, impedem uma atuação do dentista. Muitas vezes nem mesmo eles abrem a boca para permitir um exame clínico.

Isso se deve, na maioria dos casos, à incapacidade de discernimento desses pacientes. A lesão cerebral afeta a compreensão, e a pessoa finda por não entender realmente o que se passa numa consulta. O que resulta em impossibilidade de atendimento.

Nesses casos, o atendimento deve ocorrer em nível hospitalar. É possível fazermos um bom atendimento, com tratamentos apropriados para esses pacientes e com segurança para todos. E é importante ressaltar a segurança que o tratamento hospitalar oferece. Pois, muitos pensam que ir ao centro cirúrgico de hospital é o último recurso.

Há casos que o tratamento na cadeira do dentista torna-se perigoso e traumatizante para esses pacientes. Uma vez que, durante um exame ou tratamento dentário, utilizam-se muitos instrumentos cortantes e perfurantes. Se o paciente fizer um movimento brusco, há risco de cortes em língua, bochecha, garganta. O que seria um problema. Além do que, para um paciente que permite o tratamento, o barulho do motorzinho e o uso de instrumentos já é estressante; para um paciente que não entende, então, seria terrível.

Assim, há necessidade de um tratamento diferenciado. Um tratamento que possa ser executado com segurança para o paciente, familiares e para os profissionais. E o recurso de centro cirúrgico hospitalar pode ser utilizado.

Antes de um atendimento hospitalar, existem alguns protocolos que devem ser seguidos. É preciso todo um cuidado prévio em relação à realização de exames, liberações médicas e avaliação do estado geral de saúde do paciente. E no ambiente hospitalar, também, há muitas regras a serem seguidas. Somente profissionais capacitados estão aptos a trabalhar dessa forma e podem oferecer tais serviços, pois o funcionamento é diferente do que se faz num consultório dentário.

Desta forma, há condições de tratamento odontológico para pacientes que necessitam de cuidados especiais, que não permitem atendimento na cadeira do dentista. Pois são pacientes que tem direito à saúde bucal e que podem sorrir pra vida de uma forma saudável.


 


 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pré-natal Odontológico

A gravidez é uma época maravilhosa para a maioria das mulheres. Às vezes inicia conturbada devido aos enjoos, outras vezes termina com um nascimento prematuro, assustando pais e familiares, mas sempre a expectativa por ver o rostinho do neném e poder tocá-lo supera todos os atropelos. Um dos problemas enfrentados por várias grávidas e que interfere em todo o bem estar da mãe e filho são os problemas bucais.

Dor de dente, sangramento gengival e mau-hálito são os mais recorrentes. E o pior é que há um mito de que grávida não pode ir ao dentista, o que está totalmente incorreto. Elas não só podem tratar dos dentes, como devem fazer isso rotineiramente no pré-natal. Tão importante quanto fazer o acompanhamento obstétrico é realizar o pré-natal odontológico.

As primeiras consultas são para esclarecimento sobre a melhor forma de higienização bucal em grávidas e como as futuras mamães podem fortalecer os dentes dos pequenos. Em seguida é feito um exame clínico acurado para diagnosticar os problemas bucais e traçar um plano de tratamento. A melhor época para se fazer um tratamento é no segundo trimestre da gravidez, quando a grávida está mais estável. Mas atendimentos de urgência podem e devem ser feitos em qualquer período gestacional.

Podem ser feitas radiografias, desde que a grávida esteja adequadamente protegida com avental de chumbo. Podem ser feitas restaurações, tratamentos de canal, clareamento, limpeza, extração dentária, tratamento de gengiva. Enfim, todos os tratamentos necessários para restabelecer a saúde bucal, mas respeitando o que for realmente necessário, para não submeter a grávida a situações de estresse.

A situação hormonal torna a gestante mais frágil, mais susceptível às doenças. Então o diagnóstico precoce é fundamental. Um sangramento gengival (gengivite) quando não tratado, pode evoluir para o amolecimento dos dentes (periodontite). E a periodontite predispõe a partos prematuros e a nascimentos de bebê de baixo peso.

Outro fator que predispõe as grávidas a problemas bucais são os enjoos, o gera episódios de vômito várias vezes ao dia. Ou seja, um conteúdo estomacal ácido é colocado em contato com os dentes repetidas vezes, causando nos dentes a erosão ácida. Além disso, devido às náuseas, as gestantes têm dificuldade de fazer a higiene bucal. E é justamente nessa época que há necessidade de elas se alimentarem com mais frequência. Criando, assim, um ciclo vicioso: não escova porque vomita; o vômito causa erosão ácida, prejudicando os dentes; a freqüência de exposição a açúcares é maior; há necessidade de uma melhor higienização; não escova porque vomita...

Portanto, as grávidas precisam de um acompanhamento odontológico adequado, com limpezas dentárias mais frequentes e informações importantes para os dentes do bebê. Somente um profissional competente e atualizado pode fazer um pré-natal odontológico que deixe mãe e bebê seguros e saudáveis.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Contaminação na Área da Saúde

A tecnologia trouxe muitos benefícios para a área de saúde. São equipamentos modernos utilizados para diversas finalidades que nos fizeram entender melhor as doenças, descobrir peculiaridades dos transmissores e tratar com maior efetividade as enfermidades. Entretanto, mesmo trabalhando com materiais de última geração, ainda pecamos muitas vezes em ações básicas.

A lavagem das mãos é uma delas. Todo profissional de saúde sabe da revolução que o simples ato de lavar das mãos causou nas ciências médicas. A diminuição de contaminação foi drástica a partir do momento que os profissionais passaram a lavar as mãos entre exames de diferentes pacientes. Mas, ainda hoje vemos profissionais que não lavam as mãos antes de examinar um paciente, ou depois de removerem as luvas. A importância desse ato é tamanha que até para aqueles que não são profissionais da saúde, lavar as mãos é sinal de higiene. Inclusive propagandas foram veiculadas na televisão e rádio, na época em que a gripe A estava se alastrando rapidamente, para lembrar que devemos lavar as mãos sempre.

Outro comportamento incorreto que ainda vemos em profissionais de saúde é o cuidado com a vestimenta. Todo aquele que trabalha com risco de contaminação deve usar uma série de itens que compõem o que chamamos de Equipamento de Proteção Individual (EPI). Um dos principais componentes do EPI é o jaleco, também conhecido como avental. Seja o jaleco branco (normalmente usado) ou colorido, trata-se de uma barreira contra a contaminação e, portanto, não deve sair do ambiente contaminado. Ou seja, ir até a lanchonete do hospital ou sair da clínica pra "respirar um ar puro" vestindo o jaleco não pode. Fazendo isso, estamos colocando em risco nossa própria saúde e a de outras pessoas. Já que muitos microrganismos sobrevivem durante dias sobre nossas roupas.

Andar com a máscara apoiada no queixo ou com o estetoscópio pendurado no pescoço fora do ambiente de trabalho, também são atitudes errôneas que favorecem a disseminação de bactérias, vírus e fungos.

Por fim, o cuidado com a limpeza e higiene do local onde trabalhamos. Um consultório limpo e arrumado transmite segurança ao paciente. Já aquela recepção bagunçada ou aquele banheiro em que a descarga não funciona refletem o descaso com a higiene, o que compromete inclusive a confiança que o paciente tem no profissional.

Sendo assim, como profissionais da saúde e conhecedores das formas de contaminação, devemos nos preocupar com itens básicos de higiene para não colocarmos em risco nossa saúde, de nossos familiares e pacientes. E como usuários, temos que procurar hospitais, clínicas e consultórios que prezem pela qualidade no atendimento, que nos deixem confiantes nos serviços oferecidos e que tenham profissionais comprometidos com a biossegurança.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sorria, Papai!

Mais uma data comemorativa no nosso calendário. Domingo foi o dia dos pais. Dia de darmos boas risadas, estarmos felizes e compartilharmos momentos agradáveis ao lado de nossos pais e maridos, amigos e irmãos que também são papais. Mas para isso, sorrisos bonitos e hálito puro são muito bem-vindos.

Sabe-se que os homens são bem menos preocupados com a saúde do que as mulheres. Tanto que, no dia da mulher, fala-se em presentear com flores, cestas de café-da-manhã e outros. Já no dia do homem, 15 de julho, foram feitas ações de saúde em vários locais públicos, com o intuito de despertar no homem o interesse pela prevenção e tratamento de doenças.

Vários deles se sensibilizaram e passaram a dar a devida importância às consultas na área da saúde. Entretanto, a maioria ainda reluta em procurar os cuidados profissionais. Especialmente os de mais idade.

Mas aos poucos, as gerações vão se tornando diferentes. Os jovens de hoje se preocupam muito mais com a saúde mental e corporal do se preocupavam nossos pais e avôs. Essa mudança é fruto de um mundo globalizado. O acesso às informações e a rapidez da comunicação facilitam o conhecimento. Sabemos, por exemplo, que as refeições norte-americanas resultam em padrões obesos e propensos a doenças cardíacas; enquanto que a alimentação oriental tende a manter o corpo mais esbelto.

As próprias indústrias alimentícias já se preocupam em oferecer versões light e diet de seus produtos. Além de ressaltarem quando os alimentos têm pouca gordura ou quando são assados, ao invés de fritos.

Todas essas melhorias trazem benefícios para a saúde de todos. A preocupação com o bem-estar também aumenta e os sorrisos estão diretamente ligados com essa elevação da auto-estima.

Já vemos, com certa frequência, homens procurando tratamento odontológico. No entanto, ainda na maioria dos casos, quem os traz são as mulheres. O que importa é que a saúde bucal seja colocada como prioridade, pois a boca é a entrada do nosso organismo, é onde se inicia a digestão. E é também o local onde conseguimos expressar felicidade e alegria, através do sorriso.

Portanto, ter um sorriso bonito, com dentes alinhados e brancos reflete saúde e higiene. Se os papais não procuram tratamento odontológico, que os filhos e esposas tomem a iniciativa para levá-los. Vamos presentear os pais com um belo sorriso, para que eles se inspirem e também preservem sua saúde bucal.


 

domingo, 14 de agosto de 2011

Um sorriso muda tudo

Essa peça publicitária sairá em diversas revistas para seus assinantes aqui no Amapá. Espero que gostem.
Para visualizar melhor a imagem, basta clicar nela,

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Restauração x Obturação

A maioria dos pacientes que vai ao consultório com dentes ou restaurações fraturados quer fazer uma "obturação". E sempre o dentista fala que precisa fazer uma restauração. Por mais que utilizemos outro termo, explicamos que se trata do mesmo procedimento. Mas a força do hábito tornou o termo "obturação" mais popular, por mais que esteja incorreto.

Obturação, de acordo com o dicionário, é sinônimo de fechar, tapar. Na odontologia, essa palavra é utilizada para o término do tratamento endodôntico (canal). Quando o endodontista (especialista em tratamento de canal) já fez toda a desinfecção e limpeza da porção interna do dente, resta uma cavidade para ser fechada. Ele, então, finaliza o canal do dente, faz a obturação do dente. Pra quem já se submeteu ao tratamento endodôntico sabe que no dia em que o dentista "fecha o canal", normalmente, fica um selamento provisório. Ou seja, a obturação foi o fechamento do canal – que é a região onde fica o nervinho do dente -, a conclusão do tratamento endodôntico. Falta ainda a reconstrução do dente.

E é essa reconstrução que se chama restauração. Quando trabalhamos no intuito de devolver a correta forma do dente, sua função na mastigação e a estética dental, estamos restaurando um dente. E não apenas fechando uma cavidade, que é ao que se remete o termo obturação.

Existem alguns materiais para se fazer a restauração dentária. Um mais antigo, mais conhecido é o amálgama. Tem coloração metálica, não é estético, dura bastante tempo, mas também quando fratura leva ou já levou boa parte do dente junto. Tem-se a errada impressão de que esse material é o melhor devido à sua durabilidade. Entretanto, o amálgama geralmente causa microtrincas no dente em torno da restauração e, com o tempo, pode levar à fratura dentária. É um bom material restaurador quando bem utilizado e corretamente indicado, mas não é o material de escolha hoje em dia.

A resina que é o material restaurador mais indicado nos dias atuais. É um outro material também bastante conhecido, que além de ser estético e resistente, tem propriedades semelhantes às dos dentes, não causando trincas ou fraturas se bem indicado. No entanto, a resina é um material muito sensível à técnica de seu uso, e nem sempre as condições de restauração são adequadas para o sucesso e longevidade desse material.

Dessa forma, as restaurações dentárias podem ser feitas com qualquer material indicado para o caso de cada paciente, de cada dente. Grandes perdas de estrutura dental podem ser reabilitadas com porcelana também. O importante é que se procure um profissional competente e que tenha conhecimento das características de cada material, para que não se venha a ter perda de estrutura dental sadia desnecessariamente.

Na próxima vez que você precisar reconstruir um dente, procure um profissional que faça uma restauração dentária. A obturação não trará estética e nem benefícios para o bom funcionamento da mastigação. Obturação, só se for o término do tratamento de canal.


 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pivô não existe mais

Ainda bastante usado, o termo pivô já não faz mais parte da odontologia atual. A técnica foi aperfeiçoada e, após algumas alterações na estrutura do material, o pivô deixou de existir. Muitos ainda apresentam reconstruções bucais antigas com o pivô, mas atualmente ele não é mais confeccionado.

O pivô consistia de um pino unido a uma coroa dentária. Nas situações em que o dente apresentava-se destruído por fraturas (devido a cáries ou a traumas), a reconstrução dentária iniciava-se pelo tratamento de canal. Após finalizado, preparava-se um apoio na parte interna da raiz do dente e então procedia-se à moldagem. Vinha, então, do laboratório de prótese uma peça metálica que adentrava o apoio na raiz e saía para a boca com uma capa estética, imitando um dente natural. A essa peça metálica e estética dava-se o nome de pivô.

Entretanto, começaram a surgir alguns problemas com os pivôs como: fratura de raiz de dente, manchamento dentário e gengival, soltura da peça, dificuldades técnicas em dentes com mais de uma raiz e contra-indicações biomecânicas em dentes inclinados.

As fraturas de raiz ocorriam e ainda ocorrem nos pivôs antigos porque a peça metálica e estética tem uma dureza superior à dureza da estrutura dental. Assim, quando uma força mastigatória mais exacerbada é transmitida para o conjunto pivô+dente, o pivô aguenta, mas o dente fratura.

O manchamento dental e gengival se dá porque se trata de uma peça metálica, e era confeccionado com ligas metálicas antigas. Hoje há muitos trabalhos protéticos com metal no interior, mas as ligas são bem diferentes e modernas.

A soltura da peça era devido, na maioria das vezes, às dificuldades técnicas e contra-indicações em dentes inclinados. Dentes com mais de uma raiz precisam ter mais apoio interno, e o pivô não tinha a flexibilidade para se encaixar nas reentrâncias. E os dentes inclinados obrigavam os profissionais a executarem o pivô também inclinado. Nesses casos, a força de mastigação era transmitida incorretamente, prejudicando tanto a raiz do dente como o cimento (cola entre o pivô e a estrutura dental), facilitando a soltura da peça e as fraturas dentárias.

Entretanto, dentes extensamente destruídos continuam existindo hoje em dia. Mas agora o pivô (peça única) saiu de cena para entrar a coroa+pino (peça com duas partes diferentes). A sequência inicial do tratamento é a mesma: tratamento de canal, preparo da porção interna da raiz do dente para apoio e moldagem. Mas quando vem a peça do laboratório, ela só corresponde à parte interna do dente, sem apresentar a capa estética: é o pino. Esse pino é cimentado (colado) na raiz do dente e depois novo molde é feito para a confecção da coroa.

Hoje existem pinos metálicos e pinos estéticos, cada um com suas devidas indicações. As coroas que substituem a parte visível do dente também apresentam variedade de material, com ou sem metal. Somente um profissional competente e atualizado pode indicar os melhores materiais e utilizar as técnicas odontológicas mais modernas para as reconstruções dentárias e trocas dos antigos pivôs.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Cuidados com a Escova de Dentes

Sabemos que a importância da escovação é enorme para a preservação de nossa saúde bucal. Além de evitar o surgimento de cáries e prevenir problemas gengivais, o uso da escova de dentes - associada ao fio dental e ao raspador de língua – mantém um sorriso saudável com hálito agradável. Mas como fazemos para manter a limpeza desse kit de higiene bucal?

O fio dental é de uso descartável. Para usarmos, retiramos cerca de 30 a 40cm de fio e cada pedaço do fio deve ser destinado a uma região entre dentes. Ou seja, não devemos usar o mesmo local do fio dental em diferentes regiões da boca, para que não levemos bactérias de um sítio para outro da boca. Apesar de ser na mesma boca, a gengiva tem reações diversas de acordo com a bactéria que se aproxima. Então, uma vez usado o fio dental, joga-se no lixo.

O raspador lingual é o instrumento certo para a higiene da língua. Trata-se de um dispositivo de plástico em forma de ferradura encontrado em farmácias, normalmente. Como não tem muitas ranhuras nem reentrâncias, é fácil lavar o raspador com uma escovinha e sabão, mas este deve ser periodicamente fervido em água quente para uma limpeza melhor.

A escova de dentes que é o maior problema. Além das várias cerdas, muitas escovas têm cabos que misturam plástico e borracha, criando retenções que dificultam sua limpeza. Assim, a escova é um ambiente perfeito para a multiplicação de bactérias, pois além de seu desenho conter reentrâncias, normalmente fica úmida e mantida sobre a bancada do banheiro, exposta a topo tipo de microrganismos.

Para amenizar o problema, alguns guardam a escova dentro de armário, em recipientes plásticos ou então usam as capinhas para proteger as cerdas. Independente da forma escolhida, não se pode evitar a proliferação bacteriana, já que estamos dentro do banheiro, um dos lugares mais contaminados da casa. Mas, desde que mantida limpa, essa proteção diminui a contaminação, podendo ser usada.

A escova, em si, deve ser bem limpa com bastante água após o uso e remove-se o excesso da água dando leves batidas com a escova na borda da pia. Deve-se secar em toalha limpa e protegê-la com capas plásticas. Entretanto, pelo menos 4 vezes por semana, a escova deve ser lavada em água quente, podendo-se aproveitar a hora do banho quando o chuveiro estiver quente. Melhor ainda se a escova for para água fervente, na qual há eliminação de algumas bactérias.

É importante também que, quando estivermos gripados, as escovas sejam mantidas separadas de outras. Através das bactérias e vírus retidos nas cerdas, as escovas espalham gripe, resfriados e outros germes. A necessidade de fervura nesse período é ainda maior.

A troca das escovas também deve ser frequente. Pelo menos a cada 3 meses, a escova de dentes deve ser substituída por outra nova. Se a escova estiver muito desgastada antes desse período, recomenda-se a troca imediata para não machucar a gengiva durante a higienização.

Com esses cuidados, com certeza teremos limpeza mais efetiva de dentes e língua e bocas mais saudáveis.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Férias do dentes?

Começou julho. Mês de férias para muitos brasileiros. Verão no Norte e Nordeste e inverno no Sudeste, Centro-oeste e Sul. Cada região aproveita o período de uma forma diferente, mas uma das rotinas que deve ser mantida é a dos cuidados com a higiene bucal.

O uso de fio dental e a escovação de dentes e língua têm que ser feitos diariamente. Um pedaço de fio dental de cerca de 40 centímetros normalmente é suficiente para um adulto limpar as regiões entre os dentes sem passar o mesmo local do fio em dois lugares diferentes. Isso parece besteira quando ouvimos pela primeira vez, mas não é.

Em cada local onde passamos o fio dental, estamos removendo resíduos alimentares e bactérias dos dentes. Esses detritos se instalam no fio dental. Se pegarmos essa porção do fio contaminada e levarmos para outra parte da boca, podemos dar início a uma inflamação que antes não existia ali. Isso porque, além de estarmos levando a bactéria de um lugar para outro, a anatomia dental e gengival de cada região da boca é diferente. O que podendo resultar na situação em que uma bactéria que vivia em harmonia com tecidos da região de molares passa a irritar a gengiva da região de caninos. Então, o fio dental tem que ser utilizado, mas com critérios e cuidados.

As crianças também devem usar o fio dental, mas, por terem menos dentes na dentição de leite, podem utilizar a metade do comprimento do fio. Quanto mais tortos os dentes da criança, maior a dificuldade do uso do fio, mas esse cuidado deve ser de responsabilidade dos pais, e não da criança, que geralmente não tem coordenação motora para tanto. Após os 12 anos de idade, dependendo da criança, ela mesma pode ser responsável por sua higiene bucal.

Nos bebês, o fio dental é necessário quando os dentes são muito próximos ou encavalados, que acabam por reter muitos restos de alimentos. Não que não devam ser usados de rotina – já que, a partir de 2 dentes vizinhos, há uma região que carece do fio – mas porque normalmente os bebês não permitem essa higienização facilmente.

Após o uso do fio, escovação de dentes e higiene da língua se faz necessário. A escova para dentes deve ser sempre com cerdas macias e com a cabeça pequena, para que alcance as regiões mais posteriores da boca. A limpeza da língua deve ser feita com o raspador lingual, um aparelho de plástico que raspa o dorso da língua, facilmente encontrado em farmácias e lojas de produtos odontológicos.

E para fechar os cuidados com a higiene bucal, um bom profissional dentista deve ser consultado para diagnóstico e tratamento de doenças da boca e para orientação quanto aos cuidados rotineiros indicados para cada pessoa. Como é julho, uns aproveitam para tirar férias também do consultório do dentista. Mas outros, justamente porque não têm demais afazeres, dedicam tempo para esse compromisso. Independente se julho, agosto ou outro mês, não podemos esquecer a regularidade de nossa saúde bucal semestralmente supervisionada por um profissional capacitado. Boas férias!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Comidas Juninas e os Dentes

Essa época de festa junina é ótima. Desde os primeiros dias do mês já tem festa. É na escola do filho, no trabalho, na casa da tia, na rua onde moramos. Enfim, pra todo lado é comemoração de Santo Antônio, São João e São Pedro. E o que não falta nesses festejos, além de muita música e dança, são os maravilhosos quitutes.

As comidas típicas desta época junina incluem o pé-de-moleque, o milho cozido, a cocada, mingau de milho, amendoim, paçoca, pipoca, e por aí vai. Todas comidas gostosas e crocantes. E justamente por serem crocantes é que temos que ter cuidado.

Comidas que estalam nos dentes, provocando um ruído seco quando mastigamos, são bastante prejudiciais. São as que mais provocam fraturas dentárias e de próteses, pois transmitem uma força elevada em somente um dente ou parte dele. Essa força não tem pra onde se dissipar adequadamente, pois outros dentes não estão envolvidos no processo, ou pode acontecer de a força incidir com inclinação, prejudicando sua dissipação no eixo dentário ou protético.

Isto significa que não é somente quem usa algum tipo de prótese que deve estar atento aos alimentos crocantes. Os dentes naturais também não aceitam bem essas forças. Podem ocorrer trincas ou fraturas. As fraturas que ocorrem vão desde a saída de uma lasquinha de esmalte dental ou de porcelana até perdas dentárias irreversíveis.

Nas trincas, o paciente poderá sentir o dente ou prótese com um desconforto, um dolorido. Nesses casos, normalmente ocorre uma inflamação passageira, que necessita ou não de tratamento medicamentoso, dependendo da queixa do paciente. Clinicamente, não há um procedimento restaurador necessário. Porém, mais cuidado com o dente é necessário, pois já é um dente fragilizado.

Nos casos de fraturas mais leves, restaurações podem ser feitas diretamente na boca do paciente e dão uma longevidade maior para o dente ou prótese. A inflamação ocorrida também é passageira, sem obrigatoriedade de medicação.

As fraturas médias e maiores, com perda de boa parte da estrutura dentária ou protética, exigirão a substituição daquela parte fraturada feita fora da boca, ou a substituição da peça inteira. São feitos contornos nas bordas para não ficarem cortantes e procede-se com moldagem da boca para a confecção em laboratório. Pode haver necessidade de tratamento de canal em alguns casos, principalmente se houver dor associada.

Fraturas bastante extensas, penetrando na gengiva e com envolvimento da raiz do dente poderão ser irreversíveis e acompanhados de dor. Avaliação criteriosa deve ser conduzida para se optar pelo melhor tratamento. Se houver necessidade de extração do dente, implantes dentários geralmente são bem indicados. Se a prótese estiver comprometida, a troca se faz necessária.

Assim, devemos ter cuidado ao mastigar determinados alimentos. Esses típicos das festas juninas são muito gostosos, mas podem trazer um problema inesperado. Procurar um dentista competente é necessário se isso ocorrer.


 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dentes fixos em 3 dias

O surgimento dos implantes dentários foi uma revolução na odontologia. Inicialmente utilizado para pacientes desdentados totais, os implantes foram se aperfeiçoando com as pesquisas realizadas, e hoje eles são a melhor opção para a reabilitação dental de qualquer caso de ausência dentária. Isto é, para a reposição de um ou mais dentes ou ainda de todos os dentes, os implantes dentários são a primeira opção de tratamento.

Feitos em titânio, os implantes são pinos que substituem a raiz de um dente perdido. Não causam reação alérgica e não têm rejeição. São inseridos na estrutura óssea da maxila e mandíbula do paciente, passam por um processo de cicatrização de 3 a 6 meses e, após esse período, podem receber força mastigatória.

Esse é o tratamento clássico na implantodontia. É o que é feito na maioria dos casos. Entretanto, há uma forma de se devolver os dentes fixos sobre implantes em um tempo bem mais curto: 3 dias.

São alguns casos que podemos tentar essa técnica. Há necessidade de exames prévios específicos, mas somente durante a instalação dos implantes é que podemos saber se é possível ou não essa modalidade de tratamento. Normalmente conseguimos colocar os dentes definitivos fixos em 3 dias nos casos de pacientes desdentados totais. Ou seja, aqueles pacientes que não têm nenhum dente na boca poderão se beneficiar da técnica dos 3 dias. A mandíbula – arcada inferior – é onde mais conseguimos fazer a técnica, devido à qualidade óssea dessa região.

Nos pacientes desdentados, são colocados de 4 a 6 implantes com um travamento suficiente para desenvolver o tratamento dos 3 dias. Há um aparelho em que se mede esse travamento e, a partir de um determinado valor, podemos colocar a prótese fixa. Os implantes, nesse caso, ficam unidos e a peça com todos os dentes da arcada é fixada sobre eles. Se as ausências dentárias forem só na mandíbula, faz-se a prótese fixa inferior. Se forem na maxila, confecciona-se a peça fixa superior. Se forem duas dentaduras, faz-se o inferior e depois o superior, normalmente.

Alguns casos com perda de apenas um dente também podem ser reabilitados em 3 dias. Comumente quando envolve um dente da frente podemos tentar a técnica. É medido o travamento com o aparelho e, se possível, coloca-se o dente sobre o implante. Nesses casos, o mais corriqueiro é que se ponha um dente provisório fixo no implante, e não uma prótese definitiva como no caso de desdentados totais. Aguarda-se o período de cicatrização do implante e então se confecciona a prótese final. Mas nesse período, o paciente estará com o dente fixo sobre o implante. Alguns poucos casos conseguimos colocar o dente definitivo no prazo de 3 dias. A avaliação gengival é essencial.

Muito raramente se faz dente provisório fixo sobre implante em 3 dias nas reabilitações de dentes posteriores isolados. Logo, para se colocar um dente molar ou pré-molar, normalmente é realizado o tratamento clássico. Dente definitivo fixo nas regiões de molares e pré-molares não se faz.

Depois de colocado o dente ou prótese sobre implante, não há dor ou inflamação. Esses dentes funcionarão como outro qualquer, requerendo higiene e manutenção.

Assim, com a odontologia moderna, muitos benefícios são adquiridos ao se colocar uma prótese fixa com implantes. Esse tratamento inovador com implantes dentários pode ser realizado por um profissional competente e atualizado.


terça-feira, 14 de junho de 2011

O poder de sedução da boca

No dia dos namorados, 12 de junho, vários casais estão em comemoração. Beijos apaixonados, preocupação com o hálito, batons com cores vibrantes estão em alta. A boca é uma parte do corpo importantíssima para os amantes. Mas por que se associa tanta sedução à boca?

Há muitas terminações nervosas na nossa boca, especialmente nos lábios. Quando encostamos os lábios nos lábios de outra pessoa que gostamos, nosso cérebro responde nos passando sensação de alegria e prazer. O coração acelera, batendo até 150 vezes por minuto (o normal é 80 batimentos cardíacos por minuto); vários músculos faciais se movimentam, cerca de 29 grupos musculares se envolvem num beijo apaixonado; e até calorias são perdidas – em torno de 12 num beijo caprichado.

Muitos filmes mostram essa associação de boca com sedução, dando ênfase ao movimento labial. Fazem um "close" da filmagem em uma boca e deixam a cena passar em câmera lenta, captando detalhes dos lábios e dentes do ator ou atriz. Outros longa-metragens fazem do simples ato de uma mulher passar batom um verdadeiro ato sedutor, também com efeitos de gravação que enfatizam a feminilidade da ação.

Esse hábito, usado pelas mulheres, de pintar os lábios tem origem em tribos indígenas e africanas. Outras formas de adornar os lábios também são utilizadas em algumas tribos, como a perfuração dos lábios para colocação de argolas ou de hastes de madeira, tornando a pessoa mais atraente e mais cobiçada do que aquelas que não têm esse diferencial.

A influência desses enfeites tribais na nossa sociedade se traduz na colocação de piercings labiais: objetos metálicos, de plástico, com brilho, coloridos... de várias formas e tamanhos que chamam a atenção de algumas pessoas e atraem os que gostam desses adornos.

Lábios carnudos também têm sido objeto de sedução ultimamente. O grande volume dos lábios que atraem alguns homens e mulheres podem fazer parte naturalmente da pessoa, quando se adquire geneticamente essa característica. Ou, para aqueles que não nasceram assim e pretendem aumentar os lábios, enxertias e preenchimentos podem ser realizados por profissionais médicos.

Enfim, uma boca bonita com lábios atraentes aumentam o poder de sedução de qualquer pessoa. Para tanto, não são somente os enfeites e os batons que se fazem necessários. Dentes bonitos, brancos e alinhados, além de um hálito agradável e gengivas saudáveis são indispensáveis. A estética bucal tão valorizada pode ser conseguida através do trabalho de um bom profissional cirurgião-dentista.

Vamos aproveitar o dia dos namorados seduzindo quem amamos com beijos gostosos e belos sorrisos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pânico de dentista – Sedação na Odontologia

Há adultos que têm medo de ir ao dentista porque não gostam do barulho do motorzinho, porque têm trauma de experiências passadas com dentista ou porque têm pânico do tratamento mesmo. Só de pensar em sentar na cadeira do dentista, já começam a suar frio e o coração acelera. Quando têm consulta marcada no dia seguinte, esses pacientes perdem o sono e mal dormem na noite anterior, tamanha é a ansiedade.

Normalmente, pacientes que têm todas essas reações só deixam para ir ao dentista quando não aguentam mais de dor, ou quando a estética está severamente comprometida. O que agrava ainda mais o medo, pois em situações extremas o que realmente resta é a extração dentária. E o procedimento de remoção de dentes é desagradável, deixando na memória do paciente aquele tratamento ruim.

Hoje em dia, a odontologia tem inúmeros recursos para evitar a extração de dentes. Técnicas e equipamentos modernos auxiliam bons profissionais da área a aumentarem o tempo de vida útil de um dente prejudicado por cárie ou problema gengival. Mas com o advento dos implantes dentários, em muitos casos opta-se pela remoção do dente e colocação de implantes para a preservação das estruturas bucais.

Independente de qual seja o tratamento indicado, para os pacientes que têm fobia, pavor de tratamento odontológico, há um método que pode ser utilizado para deixar o paciente tranquilo e passível de fazer qualquer tipo de tratamento dentário: a sedação.

Realizada no próprio consultório dentário, a sedação é um procedimento eficaz e seguro, quando feita por profissionais competentes e experientes no assunto. Há algumas formas de sedação, como por exemplo, com o uso de comprimidos, de gás ou com medicação aplicada na veia. Cada caso tem sua indicação, e em todos os casos, exames prévios são necessários, sendo avaliada pelo dentista a forma de melhor sedar cada paciente.

A sedação é diferente de uma anestesia geral. A anestesia geral só pode ser realizada em centro cirúrgico por médico anestesista, na qual o paciente realmente dorme para que o dentista possa realizar os procedimentos necessários. Na sedação, o paciente não dorme totalmente, mas fica sonolento e totalmente relaxado. Após o tratamento, o paciente já está liberado para voltar pra casa com um acompanhante.

As sedações com comprimidos e com gás podem ser realizadas pelo dentista. Mas deve ser um profissional que possua o consultório adequado com os equipamentos necessários. Já a sedação endovenosa, na qual a medicação é aplicada na veia, deve ser conduzida por médico anestesista. Quando estiver sedado, o dentista poderá iniciar o tratamento. Assim, pacientes que têm pânico não precisam esperar o desconforto da dor para procurar tratamento especializado.

Portanto, a odontologia moderna tem métodos totalmente seguros e eficazes para o tratamento dentário de qualquer tipo de paciente. O medo e o pânico do dentista não podem mais impedir qualquer pessoa de sorrir. Com um profissional competente e atualizado, o sonho de ter dentes bonitos pode ser realizado em pacientes fóbicos através da sedação.

sábado, 4 de junho de 2011

Beijo na Boca dos Filhos


 

Uma das maiores formas de expressão de carinho é através do beijo. Quando cumprimentamos um amigo, o beijinho é no rosto. Quando pedimos a bênção dos pais, o beijinho é na mão. Um casal normalmente dá um beijo na boca, seja selinho ou um beijo mais apaixonado. E nos filhos pequenos, damos aquele cheiro no pescoço junto com um beijinho. Mas há pais que preferem dar um beijinho na boca do filho. Essa prática deve ser evitada. Principalmente se for em um bebê ou criança.

A boca é um dos locais mais contaminados de todo o nosso organismo. São vários tipos de bactérias, vírus e fungos presentes nos lábios, língua, bochechas, céu da boca, garganta e dentes. Todos esses microrganismos podem causar doenças, o que só dependerá do sistema imunológico e da higiene bucal de cada um.

Os bebês ainda estão em processo de formação de suas células de defesa. Cada vez que entram em contato com algum tipo de microrganismo, o sistema imune é ativado e novas células são formadas para responder à agressão. E as crianças estão amadurecendo seu sistema de defesa, criando a memória imunológica. Essas fases são importantes para o estabelecimento de um organismo forte e resistente.

Em uma situação de queda de resistência, como por exemplo numa gripe ou resfriado, o sistema imune das crianças está mais fraco. Se tiverem contato com determinados microrganismos que normalmente não causam doença, podem vir a desenvolver alguma patologia nesse período. O "sapinho" é um desses problemas.

Trata-se de um fungo oportunista. Quando a resistência da criança está normal, o contato com esse fungo não traz nenhuma doença. Mas numa baixa do sistema imunológico, o fungo supera a defesa da criança e acaba por desenvolver aquelas placas esbranquiçadas que quando destacam podem sangrar e causar bastante desconforto.

Outra situação é referente às bactérias que causam cárie e doença gengival. As crianças que estão começando sua dentição e aquelas que estão em fase de troca de dentes de leite por permanentes devem evitar contato com a boca de adultos. Isso porque essas crianças ainda não têm uma grande quantidade de microrganismo bucal como um adulto. O contato com novas bactérias pode levar ao aparecimento de lesões não comuns para aquelas idades, e que são de difícil resolução. Uma bactéria que só causa uma leve inflamação gengival num adulto, pode causar um sério problema gengival em uma criança. Ou uma bactéria que causaria uma cárie de lenta progressão num dente permanente, pode formar uma cárie avançada em um dente de leite.

Todas essas situações podem comprometer a saúde bucal e, às vezes, até causar um comprometimento de todo o corpinho da criança, com febre, mal estar e dores generalizadas. Isso tudo devido ao contato precoce com microrganismos, já que as crianças e bebês ainda não têm toda a sua defesa bem estruturada. Nessas situações, a procura por um bom profissional de odontologia deve ser imediata. Então, vamos deixar que o beijo na boca seja "coisa de adulto", evitando beijar na boquinha limpinha de nossas crianças.


 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ter Sorriso Saudável é Fácil


 

Manter os dentes bonitos e a boca saudável é muito importante. O sorriso é um dos primeiros gestos feitos quando estamos conhecendo alguém, ou durante uma entrevista de emprego, ou para demonstrar nossos sentimentos. Com um sorriso bonito e hálito agradável podemos abrir muitas portas. Mas sem esses atributos, as pessoas podem até se afastar de nós.

Não é difícil mantermos nossa saúde bucal. Fio dental e escovação diários, além de visitas frequentes ao dentista, garantem ausência de cárie e de doenças gengivais. Normalmente, assim, conseguimos também manter um gosto bom na nossa boca, evitando o mau-hálito.

O ideal é que o fio dental seja utilizado três vezes ao dia, ou seja, após as principais refeições. Claro que se usado mais vezes, não há problema. Entretanto, pela dificuldade que é o seu correto manuseio e pelo tempo que demanda, o uso do fio dental pode até ser feito somente uma vez por dia, em alguns casos. Mas se a pessoa já é portadora de alguma patologia gengival, essa última indicação não é válida.

Devemos lembrar que o objetivo do fio ou fita dental é limpar as superfícies dentárias que a escova não alcança. Quando passamos o fio entre os dentes, temos que limpar a porção da coroa do dente que tem contato com o dente vizinho. Assim, em cada espaço que o fio entra, temos dois dentes para limpar. Consequentemente, se houver algum resíduo de alimento, este sairá quando do uso do fio.

Percebemos, dessa forma, o porquê de o palito de dentes não ser recomendado pelos profissionais da odontologia. O palito apenas remove algum resto de alimento preso entre os dentes, sem que a limpeza da superfície do dente seja feita. O acúmulo de bactérias, então, ocorre, facilitando os processos de cárie, de doença gengival e de halitose (mau-hálito) se não houver uso do fio dental.

Após o fio, entra a escovação. Assim como o fio dental, o ideal é que a escovação seja feita pelo menos três vezes ao dia. E que sua utilização mais vezes, não faz mal, desde que bem efetuada. A melhor escova é a que o paciente mais se adapta. Para alguns casos, como uso de próteses e problemas gengivais, há indicação de determinados tipos de escova. Sempre a escova deve ser macia (nunca média ou dura) e os movimentos para a higiene dos dentes devem ser leves, sem força excessiva para não machucar a gengiva.

Quanto ao creme dental, o mais indicado é o que o paciente mais gosta. É isso mesmo. São poucos os casos em que o dentista precisa recomendar determinada marca de pasta. Esse produto é secundário na higiene bucal. De preferência, quando a criança já sabe cuspir e não engole o creme dental, deve ser usado um que contenha flúor. E para os adultos, os benefícios da pasta de dente são conferidos por qualquer marca desde que a forma de escovação seja correta.

Por fim, há ainda a higiene da língua. Há dispositivos próprios para isso: os raspadores linguais. Mas a escova de dentes também pode ser utilizada para este fim. Com o objetivo de remover detritos de cima e das laterais da língua, essa etapa da higiene bucal é imprescindível para diminuir quantidade de bactérias da nossa boca e para manter um hálito agradável.

Para executar uma boa técnica de higiene bucal e conhecer os produtos indicados para cada paciente, um bom cirurgião-dentista deve ser consultado. É no consultório que pode ser feito o exame para detecção de alguma patologia gengival ou dentária para que o problema seja resolvido. E a limpeza profissional é essencial para a manutenção da saúde bucal.

Assim, a prevenção é de suma importância para garantir sorrisos saudáveis e bonitos, com hálito fresco e agradável.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Atendimento Dentário em Hospital

A saúde bucal é de suma importância para todos. Um belo sorriso reflete bem estar, alegria e saúde. Visitas frequentes ao dentista e um bom cuidado com higienização bucal garantem uma condição saudável. Entretanto, há pacientes que não permitem escovação adequada nem tratamento odontológico no consultório.

São diversos problemas, principalmente de ordem neurológica, que alguns pacientes apresentam e que os torna incapazes de permitir um atendimento convencional. Como por exemplo, as paralisias cerebrais mais graves.

Pacientes que não tem controle sobre seus movimentos, que apresentam movimentos involuntários, que não tem coordenação motora ou que não tem movimentos de braços e cabeça adequados, não conseguem fazer a própria escovação dentária. Eles precisam da ajuda e supervisão de pais, parentes ou responsáveis para executar a higienização bucal. Esses pacientes também, normalmente, impedem uma atuação do dentista. Muitas vezes nem mesmo eles abrem a boca para permitir um exame clínico.

Isso se deve, na maioria dos casos, à incapacidade de discernimento desses pacientes. A lesão cerebral afeta a compreensão, e a pessoa finda por não entender realmente o que se passa numa consulta. O que resulta em impossibilidade de atendimento.

Nesses casos, o atendimento deve ocorrer em nível hospitalar. É possível fazermos um bom atendimento, com tratamentos apropriados para esses pacientes e com segurança para todos. E é importante ressaltar a segurança que o tratamento hospitalar oferece. Pois, muitos pensam que ir ao centro cirúrgico de hospital é o último recurso.

Há casos que o tratamento na cadeira do dentista torna-se perigoso e traumatizante para esses pacientes. Uma vez que, durante um exame ou tratamento dentário, utilizam-se muitos instrumentos cortantes e perfurantes. Se o paciente fizer um movimento brusco, há risco de cortes em língua, bochecha, garganta. O que seria um problema. Além do que, para um paciente que permite o tratamento, o barulho do motorzinho e o uso de instrumentos já é estressante; para um paciente que não entende, então, seria terrível.

Assim, há necessidade de um tratamento diferenciado. Um tratamento que possa ser executado com segurança para o paciente, familiares e para os profissionais. E o recurso de centro cirúrgico hospitalar pode ser utilizado.

Antes de um atendimento hospitalar, existem alguns protocolos que devem ser seguidos. É preciso todo um cuidado prévio em relação à realização de exames, liberações médicas e avaliação do estado geral de saúde do paciente. E no ambiente hospitalar, também, há muitas regras a serem seguidas. Somente profissionais capacitados estão aptos a trabalhar dessa forma e podem oferecer tais serviços, pois o funcionamento é diferente do que se faz num consultório dentário.

Desta forma, há condições de tratamento odontológico para pacientes que necessitam de cuidados especiais, que não permitem atendimento na cadeira do dentista. Pois são pacientes que tem direito à saúde bucal e que podem sorrir pra vida de uma forma saudável.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Medo de dentista?

A odontologia é a profissão que mais carrega consigo o estigma da dor. Muitas pessoas morrem de medo de ir ao dentista. É comum em roda de amigos alguém contar um caso de sofrimento relacionado ao tratamento dentário. A figura do dentista é aterrorizante para muitos, sendo aquele que “faz doer”.

A principal causa dessa imagem está na história da odontologia. Antes de se descobrir a anestesia, todos os procedimentos eram feitos a sangue frio. Era comum pacientes desmaiarem durante ou após uma extração dentária. Além disso, várias pessoas tinham que segurar o paciente para que o procedimento pudesse ser executado. Bebidas alcoólicas eram ingeridas pelos pacientes previamente, na tentativa de deixá-lo um pouco menos consciente.

Essa cena é tão presente em nossas memórias, que imagens e pinturas dos nossos antepassados retratam o terror de uma extração de dente. A figura do dentista, que na época não era um profissional e sim um prático, é de um homem com o “boticão” na mão fazendo o paciente sofrer.

Sendo assim, muitas pessoas deixam de cuidar de seus dentes porque tem medo de ir ao dentista. Dentes extensamente cariados, mau hálito, sangramento gengival e um sorriso desagradável acompanham aqueles que temem o tratamento odontológico. E o problema é que não só a saúde bucal está comprometida nesses casos. Como a boca faz parte do organismo e participa de muitas funções do corpo, sérios problemas cardíacos e digestivos podem ser resultado desses descasos.

A associação entre tratamento odontológico e dor não corresponde, usualmente, à realidade. Pessoas que se “agarram” nesse pavor do dentista, findam sofrendo mais do que se estivessem fazendo consultas regulares e prevenção a doenças de boca. Uma vez que a cárie não cessa, cada vez mais a situação vai ficando pior, e a dor de dente vai aumentando.

Hoje, a odontologia dispõe de vários recursos para minimizar o sofrimento do paciente. Anestésicos potentes, técnicas avançadas, equipamentos modernos, bons medicamentos e parcerias com anestesistas garantem ausência ou o mínimo possível de dor. E a própria formação profissional do dentista, aliado a conhecimentos científicos e anos de muito estudo e dedicação fizeram a revolução nesse cenário.

Nesse sentido, é importante o conhecimento dos pais para que seus filhos não perpetuem o medo do dentista. Jamais devemos amedrontar uma criança com ameaças de levá-la ao dentista, ou dizer que o dentista vai aplicar injeção se elas fizerem isso ou aquilo. São esses “fantasmas” criados ao longo da infância que bloqueiam um relacionamento adequado da criança com o dentista. E por consequência, a criança também estará traumatizada, correndo risco de apresentar sérios problemas bucais.

Portanto, devemos ter em mente que a saúde bucal é importante e necessária para que tenhamos a saúde geral do organismo. E somente teremos saúde se percebermos que a odontologia está em outra era, e não aquela retratada com pavor e medo. Temos que deixar o medo de lado e consultar um dentista de confiança. Com certeza, um bom profissional saberá conduzir um tratamento adequado para pacientes traumatizados. E não esqueçamos da saúde de nossos filhos. Eles precisam da nossa segurança para permitirem tratamento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mau Hálito: um problema bucal

Diferentemente do que se pensa, a maioria dos casos de mau hálito não tem sua causa em problemas de estômago. O principal fator que desencadeia o mau hálito é a falta de higiene bucal e, em especial, da língua.

É extremamente desagradável conversar com alguém que tenha mau hálito. E o pior é que, normalmente, a pessoa portadora do mau hálito não percebe. O que acontece é que os amigos e parentes começam a se distanciar dessa pessoa, isolando-a. E a pessoa não sabe o motivo desse afastamento. Em casos mais graves, o portador do mau hálito poderá ficar com sua auto-estima em baixa, tendendo a entrar em estado depressivo. Importante nesses casos é ter algum amigo ou parente próximo que tome a iniciativa de chegar com a pessoa e explicar a situação. Assim, a pessoa poderá procurar ajuda.

E essa ajuda, na maior parte das vezes só poderá vir do dentista. Todas as doenças bucais podem se manifestar através do mau hálito. Nesses casos, o problema é causado por bactérias presentes na boca. Alguns germes digerem restos de alimentos e produzem gases contendo enxofre. Esses gases tem um péssimo odor, saindo da boca quando a pessoa fala ou respira.

Para a maioria das pessoas que tem mau hálito, a causa está na língua. Durante a higienização bucal, devemos passar fio dental entre os dentes e escovar dentes e língua. Há outros aparelhos que podem ser usados na limpeza adequada da língua, mas a própria escova de dentes pode servir.

A higienização da língua é uma informação que deveria ser melhor divulgada. Se não for limpa regularmente, cria-se sobre a língua uma crosta feita de restos de alimento, bactérias, fungos e vírus. Esses germes metabolizam os restos de alimentos e causam doenças gengivais e dentárias, além de causar mau hálito. Assim, não adianta limpar muito bem os dentes, removendo os germes da superfície dentária, sem limpar a língua.

Pessoas com cáries também podem desenvolver mau hálito. Um dente cariado é abrigo de matéria apodrecida. Restos de alimentos, restos dentários e germes formam a cárie, há produção de gás à base de enxofre e forma-se o odor bucal desagradável.

Doenças gengivais contribuem como grandes causadoras do mau hálito. Bactérias diversas presentes em gengivas inflamadas e sangrantes produzem o gás fétido, contaminando o hálito.

Em poucos casos há presença de doenças estomacais causando o mau hálito. A relação direta do mau hálito é com doença bucal. Caso não haja alteração em dentes, gengivas e língua é que pensamos em associação com problemas de estômago.

Assim, devemos nos preocupar com a limpeza bucal como um todo, higienizando dentes, gengivas e língua. Usar balas e chicletes para tentar mascarar o mau hálito não resolve o problema. A solução pode ser dada por um dentista competente e habilitado, que irá diagnosticar e tratar o mau hálito da maneira mais adequada.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Previna-se: Não perca seus dentes!

Infelizmente, o Brasil ainda é conhecido como um país de desdentados. É muito comum na cabeça da população a imagem de que idosos usam dentadura; a ideia de que na cabeceira da cama ao lado de um avô dormindo, vai ter um copo com água e um par de dentaduras dentro. É comum pensarmos que, à medida que envelhecemos, vamos perdendo os dentes. E que todos estamos destinados a morrer desdentados.

Entretanto, o que não se sabe é que há possibilidade de envelhecermos com dentes. Podemos, sim, vivermos sorrindo pra vida com nossos próprios dentes, e não com uma dentadura. E tudo começa na prevenção.

Fica até meio maçante falar isso, parece propaganda de saúde, mas a prevenção é o melhor remédio. Se prevenirmos a cárie e a doença periodontal, teremos uma redução drástica na quantidade de dentes perdidos, pois são essas as doenças que mais levam às extrações dentárias.

Etimologicamente, a palavra cárie significa matéria podre. E é isso que vemos num processo carioso. Bactérias presentes na cavidade bucal digerem os açúcares que comemos, produzem ácido e o ácido corrói a estrutura do dente. Com isso, o cálcio e outros minerais do dente são perdidos, formando a cavidade. Nesta cavidade acumulam-se restos alimentares, mais bactérias, saliva e resto de dente corroído, formando uma massa amolecida, apodrecida.

À medida que mais bactérias estão presentes, mais acido é produzido, e maior a cavidade da cárie vai ficando. Até que essa massa atinge as porções mais internas do dente, aproximando-se do nervo do dente. É quando há dor. E em casos mais avançados de dor, há necessidade de se tratar o canal do dente. Nessa situação, as bactérias já entraram em contato com o nervo do dente e infeccionaram o nervo. O tratamento de canal é uma limpeza e desinfecção do nervo do dente com posterior obturação pelo material mais adequado.

Quando falamos em doença periodontal, estamos nos referindo à doença que atinge o tecido em volta do dente, que o sustenta e o protege. Também por um acúmulo de bactérias na porção gengival, temos produção de material tóxico que degrada a gengiva. Conforme essas bactérias vão se multiplicando, mais toxina é produzida e mais perda gengival se tem. Abaixo da gengiva há o osso de sustentação do dente, que também será atingido na sequência. Com isso, o dente perde esses tecidos de sustentação e proteção, ficando amolecidos. Dentes que aparentemente não tem problema algum, ficam moles. A causa também é bacteriana, só que desta vez a bactéria “prefere” a gengiva e o osso, e não o dente.

Portanto, as principais doenças que levam à perda dentária são causadas por bactérias. E as bactérias são removidas com os hábitos de higiene bucal. O uso do fio dental e da escova de dentes é fundamental. Se usados corretamente e pelo menos três vezes ao dia, não haverá adesão de bactérias no dente e nem na gengiva suficiente para causar cárie ou doença periodontal. Criar bons hábitos de higiene fazem parte da prevenção de doenças de boca. Prevenindo, não perderemos mais dentes.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Implantes Dentários e a Preservação de Dentes

A ideia de se preservar ao máximo a estrutura dentária sempre acompanhou a odontologia. Entretanto, desde a década de 80, com os implantes bem estabelecidos, alguns profissionais e pesquisadores começaram a se questionar: até quando devemos realmente tentar salvar um dente?

O dente é um órgão humano. Ele participa de importantes funções no nosso organismo, pois é a mastigação que inicia a digestão dos alimentos, são os dentes que ajudam a posicionar a articulação da mandíbula e é a presença dos órgãos dentários que harmoniza a musculatura facial e do pescoço, preservando função e estética do rosto.

Mas, ainda hoje, infelizmente, vemos pessoas que preferem tirar um dente que dói ao invés de tentar tratá-lo. No início, a falha no lugar do dente extraído representa somente a falta de estética. Problemas mais complicados afetando musculatura da face e pescoço, bem como articulação da mandíbula, aparecerão anos depois.

Por outro lado, há situações em que o dentista tenta preservar ao máximo um dente que tem um tempo de sobrevida duvidoso. E é nesses casos que entra o questionamento sobre preservar ou extrair o dente.

Quanto mais preservar um dente, melhor para o paciente, desde que aquele dente consiga executar sua função por muito tempo e sem prejuízos para o organismo. E é aí que está a maior parte dos problemas, saber se um dente vai levar à perda de tecido ósseo ou gengival em longo prazo.

Um dente destruído por cárie, que precisa de tratamento de canal, mas não aguenta sustentar uma prótese, não adianta ser tratado. Um dente permanente que está mole e, mesmo com tratamento, não conseguirá se firmar novamente, não deve ser deixado na boca, pois levará a mais perda de osso. Um dente que fraturou na raiz, sem condições de tratar, não pode ser extraído somente quando ele apresentar algum problema visível.

É em situações como essas que a conduta de não se tirar o dente pode levar a situações complicadas no futuro. Pois a perda de tecidos em torno do dente é difícil para ser reposta. Normalmente requer alguns procedimentos cirúrgicos, o que envolve maior investimento financeiro e mais tempo de espera para a conclusão do tratamento.

Como o implante dentário teve melhor comprovação científica e tornou-se mais acessível a partir dos anos 80, casos de dentes duvidosos quanto à sua permanência na boca são melhor tratados com a extração seguida da colocação de implante.

O tratamento com implantes dentários é seguro, pois não há rejeição, há manutenção de tecidos ósseo e gengival e a estética é favorável. Isso fez com que pesquisadores e profissionais hoje prefiram tirar um dente e colocar um implante com a intenção de preservar os tecidos bucais. Ou seja, para a preservação das estruturas que sustentam o dente, em determinados casos, é preferível que se tire o dente - já que os implantes substituem muito bem e a permanência do dente poderia causar danos ósseo e gengival.

Portanto, em algumas situações, não vale mais a pena ficar meses tentando salvar um dente, pois os tecidos seriam muito mais preservados se um implante fosse instalado no local. Mas, somente um profissional competente e capacitado pode tomar uma decisão acertada junto com o paciente.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Dentadura e Implantes

Os implantes dentários são pinos de titânio que substituem a raiz de um dente perdido. Entretanto, pessoas que usam dentadura também podem se beneficiar das vantagens que os implantes oferecem.

Independente de quanto tempo faz que uma pessoa perdeu os dentes, há possibilidade de instalação de implantes. Pode ser que a estrutura óssea remanescente não suporte muitos implantes, mas há procedimentos que reconstroem o osso e gengiva perdidos. O exame e diagnóstico deve ser feito por um dentista capacitado.

Através de radiografias e tomografias podemos avaliar a possibilidade de instalação de implantes, e de quantos implantes cabem ao caso. É importante lembrar que a reabilitação de desdentados totais com implantes não envolve um pino para cada dente. Ou seja, a pessoa que usa dentadura e quer colocar implantes, não vai ter dentes separados um a um, pois a proporção de implantes e dentes é diferente nesses casos.

Há basicamente 2 tipos de prótese sobre implantes para os casos de desdentados totais: a prótese móvel e a fixa.

Na prótese móvel há necessidade da colocação de poucos implantes. Se é um caso de ausência de dentes superiores, são necessários 4 implantes. Se a dentadura é inferior, 2 implantes são suficientes. Os implantes são colocados em uma sessão. Normalmente aguarda-se o período de cicatrização desses pinos para depois colocá-los em função. Os implantes são colocados em função quando apoiamos a prótese sobre ele. Confecciona-se uma dentadura parecida com a convencional. A diferença é que na base da dentadura vai um dispositivo que encaixa no implante. Esse dispositivo é o que apóia a dentadura, mantendo-a estável.

Nesse tipo de prótese, o paciente deverá remover a dentadura para higienizar. Logo, trata-se de uma prótese móvel. Para aqueles que se incomodam de ficar tirando e colocando a dentadura, esse tratamento pode não ser adequado. Mas a grande diferença para a dentadura normal é a estabilidade, a retenção que o implante dá. O paciente perde o receio de sorrir, de falar e até de comer, pois sente segurança, sente que a dentadura não vai deixá-lo passar vergonha, já que os implantes auxiliam para deixá-la no lugar.

Outro tratamento é quando colocamos mais implantes associados a uma dentadura fixa. Nesses casos necessita-se de pelo menos 4 implantes na arcada inferior e, nos casos de reabilitação dos dentes superiores, pelo menos 6 implantes. Há alguns casos que podem ser resolvidos com 4 implantes na arcada superior também. Os pinos são colocados na mesma sessão, sendo uma arcada dentária por vez. Os implantes podem apoiar a prótese quase que imediatamente. Mas há casos que é preciso aguardar o período de cicatrização.

Nesses tratamentos fixos, temos uma dentadura apoiada em vários pinos. Para os pacientes que se incomodam de tirar e por a dentadura, esse tipo de tratamento permite mais conforto, uma vez que a prótese não precisa ser removida. A higienização é feita com a prótese em posição dentro da boca. Novamente a segurança ao falar, comer e sorrir são facilmente percebidas. E, com próteses fixas, a estabilidade e firmeza da dentadura são bem maiores.

Portanto, vemos que a evolução na odontologia trouxe muitos benefícios a toda a população. E os implantes dentários estão disponíveis para resolver problemas de pessoas em diferentes faixas etárias e com diversos tipos de ausência dentária. Hoje em dia, pessoas sofrendo com dentaduras que não param podem recuperar a função dos dentes, a beleza do sorriso e a melhoria na qualidade da mastigação através dos implantes dentários.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Facetas de Porcelana

Na década de 30, um dentista em Hollywood recebeu a incumbência de melhorar esteticamente o sorriso de algumas estrelas da época. O dentista, Charles Pincus, elaborou uma técnica que modificava a aparência dentária durante as filmagens. Produziu finas capas de porcelana que cobriam a frente dos dentes, tornando-os mais belos. Entretanto, o processo de colagem dessas capas – chamadas de facetas – não tinha durabilidade.

A odontologia foi evoluindo e, com ela, a técnica de facetas foi se adaptando às novidades do mercado. Temos hoje uma variedade de tipos de porcelana, para diferentes técnicas de confecção de facetas. O processo de colagem dessas capas tornou-se mais facilitado e seguro, com a utilização de materiais de última geração com qualidade excelente. E a técnica de preparo dental para receber a faceta também sofre modificações.

As facetas são capas coladas na frente dos dentes, são finas, como se fossem “unhas postiças”. As facetas fazem parte do arsenal estético que a odontologia oferece. A maioria dos artistas de televisão, em busca de melhorias estéticas no sorriso, tem facetas de porcelana.

Os benefícios estéticos que a faceta traz são muitos, como por exemplo: mudança da forma do dente, mudança da posição do dente, alinhamento do dente, alteração do tamanho do dente e melhoria de cor de dente.

Para a colocação de facetas, há necessidade de desgaste dentário. A quantidade desse desgaste vai depender do objetivo que se quer atingir com a faceta de acordo com cada paciente.

No que diz respeito à alteração da forma dentária, a faceta de porcelana permite mudança da anatomia dos dentes. Dentes arredondados podem ficar mais angulados com as facetas. Dentes estreitos podem alargar, assim como dentes largos podem estreitar com as facetas. Casos de dentes mal formados, com anatomia diferente do normal, podem ser corrigidos através das facetas. Outras situações de dentes que ocupam o espaço de outro que não apareceu na boca também podem ser avaliadas para a instalação de facetas. Espaços existentes entre dentes anteriores superiores podem ser fechados também com as facetas, modificando a anatomia dentária e oferecendo um sorriso mais harmônico ao paciente.

Dentes mal posicionados na arcada dentária podem ser alinhados através de facetas. Nesses casos, a parte do dente que está mais saliente sofrerá maior desgaste do que a porção que se encontra mais para trás. Dependendo do quanto os dentes apresentam-se encavalados, há possibilidade de alinhamento com as facetas de porcelana. Assim, há casos que, se o paciente não quiser usar aparelho ortodôntico, pode haver possibilidade de correção e alinhamento de dentes tortos através de facetas.

Casos de dentes da frente que possuem muitas restaurações também podem receber tratamento com facetas. Como as restaurações em resina mancham com mais facilidade, trocas de restaurações em área estética são comuns. E, normalmente, há um desgaste dentário a mais em cada troca de restauração. Assim, aqueles dentes que possuem algumas restaurações na região estética podem estar indicados para facetas de porcelana.

Alguns manchamentos dentários podem ser resolvidos com facetas. Dependendo do grau de escurecimento, a faceta pode ou não mascarar o problema. A questão é que, sendo a faceta uma capa fina, dentes muito escuros acabam por transparecer através da faceta. Portanto, há sempre necessidade de se fazer clareamento dental prévio nos casos de dentes escurecidos ou machados.

A busca por estética é uma constante nos dias de hoje. E a faceta de porcelana traz muitos benefícios, proporcionando uma melhoria relativamente rápida no sorriso aliada à utilização de materiais resistentes que o mercado odontológico oferece atualmente. Um sorriso bonito é sinal de bem-estar e saúde, e as facetas – quando bem indicadas – podem melhorar significativamente a auto-estima do paciente.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Implantes Dentários

No final da década de 1960, Per-Ingvar Branemark descobriu os implantes dentários. Em trabalhos realizados em coelhos, o pesquisador sueco surpreendeu-se ao perceber que o titânio, metal usado em seus equipamentos de estudo, "fundiu-se" ao osso da perna do animal. A partir deste momento, iniciou-se uma nova era na Odontologia.

A osseointegração, fenômeno caracterizado pela união entre osso e titânio, permitiu que dentes pudessem ser repostos de forma mais natural. Sem causar rejeição ou alergia ao organismo humano, o titânio é a matéria-prima dos implantes dentários. Os implantes feitos em titânio se assemelham à forma da raiz de um dente e funcionam como uma "raiz artificial". Sobre o implante se fixa a prótese dentária.

O implante proporciona conforto e eficiência na mastigação e na fala, de forma similar aos dentes naturais, além de devolver beleza ao sorriso e qualidade à saúde bucal. Casos de perdas dentárias por traumas (acidentes), cáries ou doença periodontal ("amolecimento" de dentes permanentes) podem ser resolvidos com os implantes. Independente da quantidade de dentes perdidos, diferentes formas de reabilitação bucal podem ser instituídas com implantes. E não necessariamente utiliza-se a regra de que para cada dente perdido, um implante deve ser colocado.

Somente adultos podem fazer tratamento com implantes dentários, pois é preciso que o crescimento ósseo tenha terminado para poder instalar o implante. Logo, após os 18 anos de idade, aproximadamente, pode-se lançar mão do tratamento. Além disso, pessoas que usam próteses móveis sem estabilidade ou retenção e que se sintam inseguras com suas próteses também podem ser candidatas aos implantes dentários. Falta de conforto com próteses, dificuldade de fala e mastigação, estética prejudicada e ausência de um ou mais dentes também são indicações para a colocação dos implantes.

Os pacientes que pretendem se submeter ao tratamento com implantes dentários deverão passar por alguns exames solicitados pelo especialista. Exames de imagem como radiografias e tomografias, além de moldes e exames de sangue são alguns dos exemplos. Após um correto diagnóstico e sendo a indicação precisa, o paciente passará para a fase cirúrgica.

O procedimento de colocação de implantes é feito em consultório odontológico normalmente. Sob anestesia local, o paciente se submete a um procedimento cirúrgico relativamente simples em que os pinos de titânio são instalados na mandíbula ou maxila. Através de medicamentos adequados e cuidados pós-operatórios rigorosamente seguidos, o paciente tem uma boa recuperação, sem dor e com bem-estar.

As próteses serão colocadas de acordo com o caso de cada paciente. Há a modalidade de colocação de prótese sobre implante em até 72h após instalação dos pinos, bem como tratamentos mais longos que requerem de 4 a 6 meses para sua finalização. Tipo e quantidade de dente perdido, tempo de ausência dentária, qualidade e quantidade óssea do paciente são alguns fatores que influenciam no tempo do tratamento. De qualquer forma, o paciente não precisa ficar sem os dentes durante o período de cicatrização do implante.

Ao término do tratamento, são necessárias consultas para manutenção e adequada higienização bucal para o sucesso do implante. Afinal de contas, se os dentes, que são órgãos naturais, podem ser perdidos; os implantes dentários, pinos de titânio, também podem sofrer a ação de bactérias bucais.

Recuperar a função dos dentes, a beleza do sorriso e a melhoria na qualidade da mastigação são algumas das finalidades dos implantes dentários.